A Sociparque, empresa concessionária do estacionamento pago em Vila Verde, mostra “total disponibilidade para analisar e discutir quaisquer propostas apresentadas pelo executivo municipal”, mas assegura que “não aceitará qualquer decisão que coloque em causa o investimento” que realizou no âmbito do contrato assinado com o município.
“Mantemos total disponibilidade para analisar e discutir quaisquer propostas apresentadas pelo executivo municipal, como sempre fizemos ao longo dos últimos anos. Contudo, não deveriam ser levantadas opiniões sem conhecimento direto do conteúdo do concurso público datado de 2007 e das cláusulas do contrato celebrado entre o município e a Sociparque S.A., cuja adjudicação foi efetuada após cumprimento de todos os requisitos e por apresentar as condições mais vantajosas. O município de Vila Verde não investiu – nem investe – um cêntimo nesta concessão”, refere um esclarecimento da empresa.
No texto, a concessionária sublinha que “o investimento total na construção do parque de estacionamento subterrâneo, localizado entre a Câmara Municipal, a Biblioteca e o Tribunal, bem como os arranjos à superfície e a alteração de ruas, representou para a Sociparque um montante de investimento na ordem quatro milhões de euros, efetuados à data do contrato assinado com o município”, tendo o valor sido “totalmente suportado pela Sociparque S.A., sem qualquer custo para o município de Vila Verde”.
A empresa diz “estranhar comentários que defendam de que nada deve ser pago à Sociparque” e considera que “tal posição demonstra um desconhecimento total do concurso e contrato celebrado entre Município e Sociparque S.A. e do substancial investimento realizado pela empresa”.
“A Sociparque S.A., apesar dos litígios judiciais que mantém com o município, nunca solicitou a resolução do contrato de concessão nem teve qualquer intervenção quanto ao eventual resgate da mesma a exercer pela concedente, tendo apenas tido conhecimento dessa anunciada intenção na semana passada”, sublinha.
No comunicado, a empresa assegura que “não aceitará qualquer decisão que coloque em causa o investimento que efetuou na concessão e que ainda não recuperou, sendo que também não pretende qualquer solução que seja desequilibrada ou prejudique qualquer das partes, incluindo os vilaverdenses”.
CÂMARA INICIA NEGOCIAÇÕES
De acordo com a deliberação camarária, a proposta aprovada dá ‘luz verde’ à autarquia para negociar com a Sociparque o final da concessão dos lugares de estacionamento à superfície e no parque subterrâneo.
Segundo o documento, “o atual modelo de concessão já não defende o interesse público”, pelo que o executivo decidiu mandatar a presidente da Câmara, Júlia Fernandes, para “iniciar as negociações de resgate”.