A apresentação do livro “A Vanglória do Abade de Soutelo”, da autoria de Francisco Vieira, serviu de mote, esta tarde, para uma homenagem póstuma ao padre Francisco Xavier Leite Fragoas, sacerdote benemérito que serviu a paróquia de São Miguel de Soutelo entre finais do século XVII e primeiros anos do século XVIII (1777 a 1805). Oriundo de uma família abastada e muito piedosa, foi o mentor e financiador das obras na igreja e adro da paróquia e o impulsionador da construção do Santuário do Alívio.
Esses são algumas «facetas» do ‘abade de Soutelo’, que o escritor Francisco Vieira retrata na obra hoje apresentada. «Versa sobretudo sobre ele, mas também sobre a sociedade da altura, da nobreza/burguesia, o povo e a igreja, que tinha muito ‘poder’ na altura», conta o autor.
A obra literária foi hoje apresentada com a presença do arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, e de outras entidades oficiais (câmara, por Júlia Fernandes, e junta de freguesia, pelo executivo liderado por João Silva), que se uniu na homenagem pública hoje realizada em honra do ‘abade’.
«A sua morte, apesar dos feitos, teve apenas quatro ou cinco linhas, sem a importância pelo impacto que teve», conta o autor.
Aliás, em declarações ao jornal ‘O Vilaverdense’, fez questão de referir que, «não tinha tido, até agora, uma homenagem pública».
No adro da igreja de S. Miguel de Soutelo (que se celebrou este fim-de-semana) passa agora a pontuar uma placa num pequeno memorial, onde também consta uma pedra ‘assinada’ pelo próprio e datada da época em que mandou construir a igreja.
A sessão foi animada pela Academia de Música de Vila Verde.
O linguista e escritor José Moreira da Silva juntou também como orador convidado.
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