Esteve em África, a trabalhar num hotel dos padrinhos, em Maputo. Mais tarde, Glória Mota, natural de Barbudo, já com a filha nos braços e o marido, voltou para Portugal, no pós 25 de abril.
Lembra, lamentando, que ficou sem nada. «O meu marido começou, pouco a pouco, a cultivar um terreno de familiares», conta. A agricultura foi, assim, a forma de recomeçar.
Hoje em dia, estava semanalmente no Mercado de Braga, mas vem à Festa das Colheitas desde a terceira edição da feira. «Eu sempre trabalhei com o público», aponta, afirmando que não sabe viver de outra forma.
«Às vezes dizem-me: e vais continuar, já reformada?», conta. «Mas eu venho, gosto e não quero ficar parada», diz. E faz bem, já que tem maçã Porta da Loja, castanhas e marmelos de sobra.
Esses são os produtos que vende mais, os da época. «Os hortícolas, a couve-coração, a couve-flor, o brócolo e o limão, também, que está a acabar», diz.
A sua banca conta com diversos produtos da época, na maioria produzidos pela mesma, na sua casa. Um dos pontos que pode visitar na Festa das Colheitas para adquirir produtos locais.
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