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Conselho para Desenvolvimento do Hospital de Braga teme futuro com fim da PPP

O Conselho para o Desenvolvimento Sustentado do Hospital de Braga (CDS-HB) manifestou, em comunicado, “apreensão pelo futuro” com o fim da Parceria Público Privada (PPP) que gere aquela unidade, pelo que vai pedir uma “reunião com urgência” ao Primeiro Ministro, António Costa.

Em comunicado, aquele órgão mostrou ainda “receio que uma solução menos ponderada” ponha em causa a qualidade da prestação de cuidados de saúde que afirmam que a gestão do Grupo Mello conseguiu.

O CDS-HB é constituído pelo presidente Luís Braga da Cruz, pelo Arcebispo Primaz da Arquidiocese de Braga, Jorge Ortiga, pelo presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, pelo reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, pelo presidente do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa, João Manuel Duque, pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, Bernardo Reis, e pelo presidente da Direção da Associação Comercial de Braga, Domingos Macedo Barbosa.

EXPERIÊNCIA SATISFATÓRIA

No texto, o CDS-GB lembra que a PPP termina a 31 de Agosto de 2019 e que não foi ainda renovada pelo que, lê-se, os conselheiros manifestam a sua “apreensão pelo futuro do HB, pelo que se antecipa no sentido de vir a inflectir uma experiência que se revelou positiva e muito satisfatória para servir uma população que no passado foi credora de cuidados de saúde de qualidade”.

“Acima de tudo, receiam que uma solução menos ponderada possa pôr em causa o elevado nível de serviço a que a população servida conseguiu ter acesso”, aponta o comunicado.

Face àquelas preocupações, o CDS-HB anuncia que será “solicitada uma reunião com urgência a Sua Excelência o Sr. primeiro-ministro”.

Os membros do CDS-HB mostram-se “particularmente sensíveis ao contributo desta parceria tanto para uma resposta digna às necessidades de assistência médica e cirúrgica das populações, como à qualidade do atendimento e da assistência clínica” e lembram que “em 9 anos, foram atendidos 3,5 milhões de utentes em consultas médicas, foram feitas 230.000 cirurgias e que foram atendidas nos serviços de urgência mais de 1,9 milhões de pessoas”.

Aquele órgão lembra ainda “com agrado” que o HB foi “identificado e de forma continuada, nos sistemas de avaliação independente feitos pela Entidade Reguladora da Saúde, como o melhor hospital de média/grande dimensão do País, com as máximas classificações na grande maioria das áreas clínicas”, sendo que “este ano, mereceu uma distinção de excepção como o melhor hospital do país”.

Segundo o CDS-HB “quando os parâmetros de avaliação do desempenho se focam na qualidade, na adequação e na eficiência (…) estas notificações têm de ter uma leitura clara e um reconhecimento com consequências práticas”.

PERSPECTIVA SOMBRIA

No entanto, os conselheiros receiam que “não seja isto que esteja a acontecer e, por isso, temem por uma perspectiva mais sombria que pode pôr em causa uma resposta muito satisfatória para as populações servidas”.

O Conselho sugere que seja feita uma “aproximação da capacidade contratada à demanda efectiva” como “forma de contribuir para a redução das actuais condições de insustentabilidade económica da parceria”, lembrando que “continua por esclarecer o contencioso gerado pelo cancelamento dos financiamentos em 2016 para tratamentos de doenças complexas”.

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