Dois dias depois de chegarem a Valência, a equipa portuguesa da Associação Portuguesa de Busca e Salvamento (APBS) já está de regresso à sua base em Riba d’Ave, Famalicão.
Em declarações à RTP3, o comandante Pedro Baptista afirmou que a chegada de muitas equipas militares levou “o posto do comando avançado a desmobilizar os voluntários nacionais.
Sobre o cenário que encontraram em Picanya, uma das localidades atingidas por esta tragédia, o responsável reconheceu que “foi mais difícil” do que esperava.
Principalmente, como explicou, com a “progressão no terreno” onde Encontraram muita lama, o que prejudicou a “progressão no terreno” e a chegada dos operacionais portugueses aos locais atingidos.
“Para fazer um percurso de três quilómetros demorávamos cerca de uma hora”, recordou.
Cães atolados e a falta de bombas de extracção de água com grande capacidade foram alguns dos problemas detectados pela equipa nacional que chegou a Valência ao final da tarde de sexta-feira e desmobilizou pouco depois da hora de almoço de domingo.
A equipa conseguiu localizar e resgatar duas vítimas, já cadáveres, com recurso aos cães de busca e salvamento, para além de auxiliar a população através de apoio humanitário, de limpeza de vias e escoamento de águas.
“Toda a equipa regressou com o sentimento de realização e missão cumprida. Ajudamos o melhor que conseguimos, e também com sorrisos e abraços de conforto. Trazemos no coração histórias infindáveis de pessoas que perderam a capacidade de chorar”, escreve a associação na rede social Facebook.
“A população Valenciana tem uma força interior gigante tendo nos auxiliado sempre que conseguiram”, frisa, agradecendo “a todas as pessoas que realizaram um donativo a título individual”, permitindo a presença da APBS no sul de Espanha.
A equipa da APBS foi constituída por 10 pessoas, três cães e três viaturas. Foram homenageados na manhã de domingo pelo Rei de Espanha.
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