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Operação Métis passou por Braga e levou à detenção de quatro gestores de empresa de segurança

Quatro responsáveis de uma empresa de segurança foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ), por suspeitas de associação criminosa e fraude fiscal qualificada de 4,6 milhões de euros, na “Operação Métis”, realizada esta terça-feira nos distritos de Lisboa, Faro e Braga.

“A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ), no âmbito de uma equipa mista constituída com a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), Direção de Finanças de Lisboa, realizou, hoje, nos distritos de Lisboa, Faro e Braga, a operação policial “Métis”, na qual foram detidos três homens e uma mulher, suspeitos de associação criminosa e fraude fiscal qualificada, que ascende a, pelo menos, 4.6 milhões de euros”, refere a PJ em comunicado.

Os factos em investigação reportam-se ao período compreendido entre 2015 e 2024 e visam a “criação e a utilização de diversas empresas fictícias, num esquema de emissão e utilização de faturação falsa, com vista à obtenção de uma vantagem patrimonial no montante global apurado, até ao momento, de 4,6 milhões de euros”.

A operação visou a execução de 20 mandados de busca (13 domiciliárias e sete não domiciliárias) e o cumprimento dos quatro mandados de detenção fora de flagrante delito.

Foram ainda constituídas arguidas oito pessoas e três empresas e apreendido um “vasto acervo probatório”: três viaturas de luxo, que se suspeita terem sido adquiridas com o produto do crime, bem como valores em numerário e em criptoativos.

“A investigação prosseguirá com a análise dos elementos probatórios complementares, agora apreendidos, tendo em vista o apuramento da responsabilidade criminal de todos os suspeitos e das vantagens patrimoniais ilicitamente obtidas”, refere a PJ.

A operação “Métis” contou com a participação de 80 inspetores da PJ, seis peritos da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática da PJ, 30 inspetores tributários e aduaneiros e 10 elementos do Núcleo de Informática Forense da AT, e desenvolve-se em inquérito titulado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Cascais.

Os detidos, com idades compreendidas entre os 29 e os 68 anos, serão presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.

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