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Área Metropolitana do Minho? Manobra de diversão e ‘bluff’ do PSD e CDS, diz a CDU

A CDU acusa PSD e PS de fazer ‘bluff’ sobre a criação de uma Área Metropolitana do Minho, unido os concelhos das comunidades intermunicipais (CIM) do Cávado e Ave. Comunistas defendem a regionalização, que consideram uma “necessidade imperativa”.

Em conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, às portas do Centro Coordenador dos Transportes de Braga, João Batista, deputado municipal da CDU em Braga e Mariana Silva, deputada da CDU na assembleia de Guimarães, referindo-se a uma alegada intenção de criação da Área Metropolitana do Minho, dizem que os autarcas e partidos têm manifestado posições “alheadas da realidade concreta” de cada concelho, ao mesmo tempo que  “ignoram as responsabilidades políticas pela situação da actual organização territorial e pelo exercício de competências”.

Recorde-se que a ideia de uma Área Metropolitana do Minho partiu da Associação Empresarial do Minho e que, há dias, mereceu um rotundo “não” de Domingos Bragança, presidente da Câmara de Guimarães e da CIM Ave, argumentando que, enquanto ocupar os dois cargos, não assina qualquer proposta que dê “centralidade” a Braga.

“TEMA CAIU DO CÉU”

A CDU diz que comunidades intermunicipais ou áreas metropolitanas que não substituem a “necessidade imperativa” de concretização da Regionalização.

Apontando que “ninguém foi ouvido” e o tema “caiu do céu”, Mariana Silva afirma que com a Regionalização permitirá definir a estratégia de desenvolvimento que se pretende “em vez de ser imposta de fora, a partir do Poder Central, desligada das necessidades deste território”.

Para a responsável de Os Verdes, é também com a regionalização que é possível estabelecer correctamente “as prioridades de investimento e mobilizar recursos para o seu cumprimento, tomando essas decisões a partir de órgãos eleitos pelas populações e perante as quais os mesmos respondem, para além de conquistar uma efectiva descentralização e uma adequada da administração do Estado e dos seus serviços”.

Dá como exemplo, as dificuldades das duas comunidades se entenderem com a criação de um passe de transportes único numa região com muita diversidade, em que uns trabalham num lado e moram noutro.

A solução é a Regionalização, frisa João Batista. “É uma evidência que a realidade exige novas formas de organização do território. É uma evidência que as comunidades intermunicipais estão desprovidas de meios, competências e legitimidade democráticas. Porém, a simples mudança do estatuto para Área Metropolitana, por si, não resolverá nenhum dos problemas referidos”, sublinham.

Para o comunista, a Área Metropolitana do Minho é “uma manobra de diversão”, “um ‘fait-divers”.

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