A polícia espanhola desmantelou um esquema de tráfico de veículos importados de luxo que, depois, eram revendidos a jogadores dos principais clubes da liga do país (La Liga). Neste sentido, já deteve três pessoas, a novembro de 2024, suspeitas de estarem envolvidas.
O Corpo Nacional de Polícia (CNP) avança que prisões foram feitas no âmbito de uma operação policial “URUS”.
Os detidos são dois homens e uma mulher, com idades entre 32 e 44 anos. Agora, estão a ser investigados por falsificação de documentos, usurpação de estado civil e burla.
Um deles é gerente e proprietário de um concessionário em Madrid que recebia ordens de clientes, na maioria jogadores de futebol de La Liga, enquanto os outros dois eram gerentes em Barcelona e realizavam os procedimentos de registo em diversas sedes provinciais de trânsito.
A investigação começou no final de março de 2024, quando uma cidadã italiana, a viver em La Palma, denunciou que recebeu uma multa de trânsito relacionada com um Lamborghini Urus com placa provisória que, segundo a mesma, não lhe pertencia. A multa de trânsito veio da área de Boadilla del Monte (Madrid).
A polícia espanola investigou os procedimentos relacionados com o veículo em questão e descobriu que os mesmos tinham sido realizados na Sede Provincial de Jaén, por uma agência municipal, encomendada por outra agência localizada em Barcelona.
O Lamborghini da multa pertencia a um conhecido jogador da primeira liga de Espanha, que mostrou contrato de venda com um concessionário em Madrid, dizendo que não poderia realizar o processo de registo definitivo do veículo devido a circunstâncias alheias.
A polícia abriu, então, uma investigação sobre o concessionário de Madrid, especificamente de veículos de luxo, em que se encontram «numerosas irregularidades», diz a polícia.
Os investigadores da polícia espanhola concluíram que o crime envolveu a aquisição de veículos de luxo registados em nome de terceiros, sem o seu conhecimento. As identidades e documentação foram fornecidos pelos gerentes de uma empresa em Barcelona.
Desta forma, o revendedor ficava isento do pagamento de impostos especiais. Os procediam, então, à transferência da propriedade dos veículos para as pessoas que tinham celebrado o contrato de venda, a partir de Barcelona.
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