Um teste de ADN divulgou novas informações sobre a estátua da Virgem Maria, Madonna di Trevignano, em Trevignano Romano, a cerca de 50 quilómetros de Roma, na Itália. Um caso que se tornou viral nas redes sociais.
Desde 2016 que curiosos se deslocavam à cidade para ver a estátua que, segundo relatos, vídeos e fotos, parecia chorar sangue.
A sua dona, uma vidente chamada Gisella Cardia, alegava que as lágrimas teriam origem sobrenatural e eram, por isso, um milagre.
Agora, uma análise da Universidade de Roma Tor Vergata, divulgada pelo jornal italiano Corriere della Sera, comprova que as lágrimas são da própria mulher.
Gisella Cardia dizia receber mensagens da Virgem ao terceiro dia de cada mês e contava que a estátua era de Medjugorje, cidade na Bósnia-Herzegovina onde também há relatos de aparições da Virgem Maria.
Com a sua história, agora terminada com o teste, Cardia conseguiu atrair milhares de peregrinos. Chegou, ainda, a atribuir milagres à estátua, dos quais se destacam a multiplicação de pizza e nhoque nos jantares que a mulher organizava.
Já em 2023, os habitantes da cidade italiana chamaram um investigador para comprovar as alegações da mulher.
Já na altura, os habitantes tinham provas de que o líquido era sangue de porco e, noutra ocasião, comprovaram que o sangue que a virgem chorava era compatível com o da dona, Gisella Cardia.
A vidente poderá ser acusada, agora, de fraude. Os resultados oficiais serão divulgados a 28 de fevereiro.
A março do ano passado, 2024, os chefes da Igreja Católica fizeram saber que o fenómeno era falso e proibiram celebrações ou peregrinações aos locais associados à estátua.
A advogada de Gisella, Solange Marchignoli, advogada da vidente, diz ao Corriere della Sera que Gisella Cardie «está muito bem» e que é normal a estátua conter o seu ADN, podendo ser um perfil misto, dado que a mulher «usou a estátua, beijou-a e manuseou-a».
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