A greve do pessoal não docente que está a decorrer esta sexta-feira provocou constrangimentos em estabelecimentos de ensino dos três agrupamentos escolares do concelho de Vila Verde.
Segundo os dados recolhidos pelo jornal “O Vilaverdense”, no caso do Agrupamento de Escolas de Vila Verde, além do Centro Escolar, também o 1º ciclo em Gême ficou sem atividade letiva.
No Agrupamento de Escolas de Prado, a escola-sede (EB de Prado), o Centro Escolar de Prado e a EB de Cabanelas também não têm aulas.
Já no caso do Agrupamento de Escolas de Moure e Ribeira do Neiva, não há atividades letivas no 1º ciclo em Moure. A Escola Básica da Ribeira do Neiva foi a mais afetada, deixando os alunos do 1º, 2º e 3º ciclo sem aulas.
A greve, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), abrange sobretudo os assistentes operacionais das escolas, ou seja, o pessoal não docente.
Em simultâneo com esta greve decorre o terceiro dia de uma outra convocada pela Federação Nacional de Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), para reivindicar uma resposta aos problemas dos trabalhadores das carreiras gerais da função pública, e que esta sexta-feira é dirigida também aos assistentes operacionais.
Segundo o STAL, o protesto foi convocado para exigir um aumento intercalar dos salários, a revogação do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP), que considerou “um retardador da evolução dos trabalhadores”, 35 horas de trabalho semanal para todos e a valorização das carreiras.
O sindicato destacou que a taxa de inflação atingiu níveis históricos nos últimos anos e, no pré-aviso de greve, indicou pretender um aumento salarial de, pelo menos, 15%, com um mínimo de 150 euros, aplicado aos 749 mil trabalhadores da Administração Pública.
O STAL reivindicou ainda um aumento dos suplementos de penosidade e insalubridade e que estes subsídios sejam alargados a outras funções e categorias de assistentes operacionais.