O preço das casas para arrendar aumentou 11,2% em Braga e 6,5% em Viana do Castelo, em fevereiro, face ao mesmo mês no ano anterior, segundo o índice de preços do portal imobiliário Idealista.
O mercado de arrendamento continua em alta, mas tem vindo a perder terreno para a compra e venda de casa, numa altura em que o crédito habitação está mais barato e há vários incentivos para adquirir habitação, como por exemplo o IMT Jovem.
E esta tendência reflete-se na redução da procura de casas para arrendar, bem como na evolução dos preços. Os dados do índice de preços do idealista revelam que as rendas das casas em Portugal têm vindo a abrandar ligeiramente o ritmo de subida, passando de um aumento anual de 4,1% em janeiro para 3,9% em fevereiro.
Assim, arrendar casa passou a ter o custo mediano de 16,4 euros por metro quadrado (euros/m2) no final de fevereiro de 2025. Já em relação à variação trimestral, as rendas das casas subiram 1,8%.
CASAS PARA ARRENDAR MAIS CARAS NAS GRANDES CIDADES
Tendo em conta as 13 capitais de distrito com amostras representativas, salta à vista que as rendas das casas subiram em todas as grandes cidades. Foi em Évora (18,3%), Faro (16,7%) e no Funchal (16,6%) onde as rendas mais aumentaram entre fevereiro de 2025 e o mesmo mês do ano passado.
Também se observou uma subida dos preços das casas para arrendar em Santarém (12,4%), Braga (11,2%), Viana do Castelo (6,5%), Setúbal (6%), Coimbra (4,2%), Leiria (3%), Aveiro (2,3%), Castelo Branco (1,9%), Porto (1,7%) e Lisboa (1,6%).
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 21,8 euros/m2. Porto (17,2 euros/m2) e Funchal (16,1 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (14,2 euros/m2), Setúbal (12,6 euros/m2), Évora (12,5 euros/m2), Coimbra (11,5 euros/m2), Aveiro (11,2 euros/m2), Braga (10,4 euros/m2) e Santarém (8,9 euros/m2).
Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação são Castelo Branco (6,8 euros/m2), Leiria (8,4 euros/m2) e Viana do Castelo (8,6 euros/m2).
Distritos e ilhas
Dos 17 distritos e ilhas analisadas, as rendas das casas subiram em todos os territórios, com Faro (19,3%) e a ilha de São Miguel (17,3%) a liderar. As casas para arrendar também ficaram mais caras em Santarém (14,7%), ilha da Madeira (14,5%), Évora (11,3%), Setúbal (10,2%), Braga (8,9%), Portalegre (7,8%), Viana do Castelo (7,3%), Aveiro (4,7%), Castelo Branco (4%), Lisboa (2,1%) e Porto (1,7%).
As menores subidas das rendas das casas foram registadas em Beja (1,1%), Leiria (0,8%), Viseu (0,7%) e Coimbra (0,6%), revelam os dados do idealista.
De referir que o ranking dos distritos e ilhas mais caras para arrendar casa é liderado por Lisboa (20,1 euros/m2), seguido por Faro (15,8 euros/m2), ilha da Madeira (15,7 euros/m2), Porto (15,4 euros/m2), Setúbal (13,8 euros/m2), Évora (11,1 euros/m2), ilha de São Miguel (10,7 euros/m2), Coimbra (10,2 euros/m2), Braga (9,9 euros/m2), Aveiro (9,6 euros/m2), Beja (9,4 euros/m2), Leiria (9,4 euros/m2), Viana do Castelo (8,9 euros/m2) e Santarém (8,4 euros/m2).
Já as casas para arrendar com preços mais económicos encontram-se em Portalegre (6,7 euros/m2), Castelo Branco (7 euros/m2) e Viseu (7,3 euros/m2).Rendas também subiram em todas as regiões – Algarve está em destaque
Em fevereiro, os preços das casas para arrendar subiram em todas as regiões do país. A liderar as subidas encontra-se o Algarve (19,3%), seguido pela Região Autónoma dos Açores (15,4%), Região Autónoma da Madeira (13,6%), Alentejo (11,5%), Centro (3,9%), Área Metropolitana de Lisboa (3%) e Norte (2,6%).
A Grande Lisboa, com 19,5 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar casa, seguida pelo Algarve (15,8 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (15,6 euros/m2) e Norte (14,1 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (9,3 euros/m2), Região Autónoma dos Açores (10,2 euros/m2) e o Alentejo (11,2 euros/m2) que são as regiões mais baratas para arrendar uma habitação.
ÍNDICES DE PREÇOS
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado.
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