O capitão russo do cargueiro português que, esta segunda-feira, colidiu com um petroleiro esta segunda-feira, na costa inglesa, está acusado de homicídio por negligência grave.
«O capitão do navio Solong, Vladimir Motin, de 59 anos, de (…) São Petersburgo, na Rússia, foi acusado de homicídio voluntário por negligência grave e mantido sob custódia, antes de comparecer no Tribunal de Magistrados de Hull”, aponta este sábado a Polícia de Humberside, como avança o Jornal de Notícias.
«Autorizámos a Polícia de Humberside a acusar um cidadão russo em ligação com uma colisão envolvendo duas embarcações no mar do Norte, na costa leste de Inglaterra», refere, ainda, Frank Ferguson, chefe da Divisão de Crimes e Combate ao Terrorismo do Ministério Público.
Recorde-se que o cargueiro Solong embateu no mar Norte, ao largo do leste de Inglaterra, com o Stena Immaculate, um petroleiro norte-americano. Este estava a transportar combustível para as forças armadas norte-americanas.
Com o acidente, ambos os navios se incendiaram. O capitão Motin foi detido na terça-feira, no nordeste de Inglaterra.
Mais ainda, a polícia de Humberside avança que um dos membros da tripulação, que estava desaparecido, «é agora considerado morto», depois de buscas extensas.
A família está a ser apoiada por autoridades treinadas para estes casos.
O Ministério Público aponta que Mark Mark Angelo Pernia, de 38 anos, filipino, terá morrido na colisão.
Até agora, as autoridades do Reino Unido verificaram que nada no acidente indica que o mesmo esteja relacionado à segurança nacional.
O Departamento de Investigação de Acidentes Marítimos do Reino Unido está envolvido na investigação, segundo avança o Jornal de Notícias.
Quer apurar-se o que fez com que Solong, com destino a Grangemouth, na Escócia, para Roterdão, nos Países Baixos, embatesse com o petroleiro.
A investigação é da responsabilidade dos EUA e de Portugal, os dois países dos navios.
Ao que foi apurado nos documentos de inspeção portuária, o Solong falhou as verificações de segurança relacionadas com a condução em Dublin, na Irlanda, em julho, com as «comunicações de posição de condução de emergência/leitura da bússola» da embarcação ilegíveis, diz o Jornal de Notícias.
Já em outubro, na Escócia, uma segunda inspeção verificou mais duas deficiências, mas em nenhum dos casos o navio foi retido.
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