A Comissão Europeia apresenta esta quarta-feira um plano que visa preparar os cidadãos da União Europeia para enfrentar possíveis crises, como conflitos armados, pandemias, ciberataques ou desastres climáticos. Novas diretrizes de proteção civil implicam que todas as famílias tenham medicamentos, água e comida para sobreviverem 72 horas sem ajuda externa, perante um evento extremo.
De acordo com o jornal espanhol El País, a proposta inclui a recomendação para que os europeus estejam preparados para sobreviver até 72 horas sem assistência externa.
O plano insere-se na estratégia mais ampla de defesa e segurança da UE, que tem como meta dotar os Estados-membros de uma maior resiliência até 2030. Além das medidas a nível governamental, a iniciativa quer envolver diretamente os cidadãos, incentivando-os a manter em casa um ‘kit’ de emergência com bens essenciais, incluindo alimentos, água potável, medicamentos e baterias elétricas.
Esta nova iniciativa surge num contexto de crescente instabilidade geopolítica e faz parte da estratégia ‘ReArm’, apresentada recentemente pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Na semana passada, Von der Leyen alertou para a necessidade de a Europa “se preparar para a guerra”.
O plano que será revelado esta quarta-feira detalha 30 ações estratégicas destinadas a reforçar a resiliência europeia. Entre as medidas previstas, além do ‘kit’ de emergência recomendado para cada casa, incluem-se cursos especializados e exercícios conjuntos para melhorar a capacidade de resposta a crises.
A Comissão Europeia sugere que cada agregado familiar tenha uma reserva mínima para 72 horas, com os seguintes itens essenciais:
- Água potável
- Medicamentos essenciais
- Baterias elétricas e lanternas
- Alimentos não perecíveis
Segundo o documento da Comissão, ao qual o El País teve acesso, “o período inicial é o mais crítico” em qualquer crise. A recomendação para que os cidadãos se preparem de antemão visa reduzir a dependência imediata de ajuda externa em situações de emergência.
A apresentação do plano ocorre num momento em que a União Europeia reforça as suas políticas de defesa e segurança, num esforço conjunto para enfrentar os desafios globais cada vez mais complexos. A iniciativa de Bruxelas procura, assim, garantir que tanto os governos como os cidadãos estejam melhor preparados para lidar com cenários adversos no futuro.
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