Completam-se, esta sexta-feira, 28 de março, 50 anos da explosão ocorrida numa oficina de pirotecnia localizada no lugar de Bouçós, na Lage, a qual vitimou sete pessoas, cinco delas da mesma família.
Na rede social Facebook, Domingos da Costa Araújo, um dos familiares, recorda esse dia, uma sexta-feira santa. “O mundo desabou nas nossas vidas e o chão afundou. A nossa família amada deixou-nos deste mundo tão cedo. Meu pai, minha mãe, minha avó e meus irmãos”, recorda.
O jornal “O Vilaverdense” esteve, esta manhã, no local.
Abel Faria, um morador, atualmente com 74 anos, descreveu à nossa reportagem aquele dia que ficou na memória para sempre. “Eu trabalhava no santuário de S. Bento da Porta Aberta. Quando cheguei à Ramalha deram-me a notícia – a barraca do fogueteiro foi pelo ar”, informou.
Sentado, a ler o jornal, Abel Faria lá ia retirando retalhos da memória sobre aquele fatídico acontecimento. “Desapareceu tudo ao redor. As patelas com que a oficina foi construída, as árvores e, passados oito dias, ainda os bombeiros procuravam os corpos”.
Texto: Emílio Costa (CO-1179)