O Ministério da Economia estará, entre hoje e amanhã, em reuniões com as associações empresariais do país, para discutir respostas ao impacto das novas taxas de Trump na economia. Estas foram antecipadas.
Para hoje, começaram pelas 09h00 e, segundo nota divulgada, continuam «ao longo do dia».
O Ministério recorda que «as reuniões do ministro da Economia com as associações empresariais, que estavam previstas entre quarta e sexta-feira, foram antecipadas para terça e quarta-feira».
Desta forma, estão previstas reuniões com a ANIMEE – Associação Portuguesa de Empresas do Setor Elétrico e Eletrónico, a AIP – Associação Industrial Portuguesa, a CIP – Confederação Industrial de Portugal, a APF – Associação Portuguesa de Fundição, a CEFAMOL – Associação Nacional da Indústria de Moldes e a APIP – Associação Portuguesa das Indústrias do Plástico.
Juntam-se, ainda, a APIB – Associação Portuguesa dos Industriais da Borracha, a APIMA – Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins, a AIMMP – Associação das Indústrias da Madeira e Mobiliário de Portugal, a APPICAPS – Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos e a APIC – Associação Portuguesa da Indústria de Curtumes.
A lista também conta com a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, a ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção, a ANITLAR – Associação Nacional das Indústrias de Têxtil Lar, a ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios, a APCOR – Associação Portuguesa da Cortiça e AEP – Associação empresarial de Portugal e a AQuimica.
Já na semana passada, foi indicado que o ministro da Economia, Pedro Reis, e o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, tinham agendado estas reuniões «para avaliar o impacto e as medidas de mitigação das tarifas anunciadas pela administração dos Estados Unidos nas empresas portuguesas e na economia nacional».
Segundo o que foi divulgado na altura, o objetivo é «abrir um canal de diálogo com os setores que serão mais afetados pelo modelo das ‘tarifas recíprocas’», sobretudo a indústria automóvel, combustíveis, borracha, setor elétrico e eletrónico, metalurgia e metalomecânica, madeira e mobiliário, cortiça, calçado, curtumes, têxtil e vestuário, têxtil-lar e lanifícios, bem como as associações patronais AIP, CIP e AEP.
«Pretende-se auscultar as associações representativas das empresas destas atividades económicas sobre a avaliação que fazem do impacto da imposição das novas taxas aduaneiras sobre produtos europeus», apontou, ainda, o Ministério da Economia.
O Ministério também quer ouvir «as propostas que têm para mitigar e minimizar esse impacto nas exportações nacionais».
Ao encontrar-se com as associações, o executivo apontava que está «a ser articulado com a União Europeia para responder às novas tarifas e as medidas de proteção que estão a ser desenhadas para os diferentes setores de atividade»
Recorde-se que, na quarta-feira, Donald Trump anunciou novas tarifas norte-americanas de 20% para produtos importados da União Europeia que acrescem às de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio.
Segundo o presidente norte-americano, esta medida quer fazer crescer a indústria dos EUA e castigar os países por aquilo a que chamou de anos de práticas comerciais desleais.
As bolsas, por todo o mundo, estão em queda desde então.
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