Os telemóveis podem começar a ser proibidos nas escolas, até ao sexto ano, já em setembro, caso a Aliança Democrática vença as eleições legislativas. Esta é uma medida que já é usada em diferentes países e, agora, faz parte do programa eleitoral da coligação.
A medida, defendida no programa da coligação PSD e CDS-PP, vem proibir o uso de telemóveis na escola até ao sexto ano. Mas há quem esteja contra.
«Qual é o objetivo? Porque se me disserem que é que os alunos possam conviver, há estratégias muito melhores, prevenção do cyberbullying, vamos de facto prevenir, não é por estamos em campanha que vamos dizer coisas sensacionalistas ou extremistas», diz Mariana Carvalho, da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP).
Já em setembro de 2024, no início do presente ano letivo, o Ministério da Educação deu, às escolas, um conjunto de recomendações, das quais fazia parte a proibição do uso de telemóvel. No entanto, as instituições tinham autonomia na aplicação das mesmas.
Assim, apenas 2% dos mais de 800 agrupamentos cumpriram com as mesmas. Por sua vez, a CONFAP pede regras em vez de «imposições extremistas».
Um caso de sucesso
Uma das escolas a restringir o uso de telemóveis é o Agrupamento de Escolas Irmãos Passos, em Matosinhos, onde a medida já tem seis anos.
«O balanço é positivo, porque efetivamente o telemóvel é um elemento perturbador no processo de aprendizagem dos jovens», vinca o diretor, Paulo Gaspar.
Nesta escola, a proibição é feita nos 1º e 2º ciclos. A proibição aplica-se aos 1.º e 2.º ciclos.
Esta sexta-feira à tarde, a AD vai apresentar o seu programa eleitoral, mas esta medida já está garantida que faz parte.
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