A presidente da Red Eléctrica de Espanha, Beatriz Corredor, disse esta quarta-feira que a causa do apagão ibérico está “mais ou menos localizada” e assegurou que não é correto “relacionar o incidente com a penetração de energias renováveis”.
“Sabemos a causa e localizámo-la mais ou menos, mas enquanto não forem analisados todos os dados provenientes dos geradores não podemos saber com precisão”, afirmou a responsável, em entrevista à Cadena Ser, rádio espanhola.
Segundo Beatriz Corredor, a Red Eléctrica opera “o centro de controlo nacional, mas existem outros 35 centros aos quais todos os geradores reportam”.
“Este é o relatório que a Red Eléctrica e o governo solicitaram para saber que sistema que foi desligado”, explicou, acrescentando que, na segunda-feira, “não houve circunstâncias diferentes” que pudessem ter provocado o apagão.
Beatriz Corredor garantiu ainda que “o sistema espanhol funciona com as medidas de segurança mais rigorosas da Europa” e enaltece a agilidade com que o sistema foi recuperado.
“Foi um feito inédito. Nenhum outro sistema no mundo foi capaz de recuperar com tanta rapidez e eficácia”, afiançou, dizendo ainda que está convencida de que um apagão desta dimensão não voltará a acontecer: “A partir de hoje não voltará a acontecer porque aprendemos, temos todas as medidas de segurança para garantir que isso não acontece. Os cidadãos devem estar tranquilos.”
Sobre a questão do ciberataque, que a operadora já descartou, Corredor garantiu que “os sistemas estão superprotegidos e à prova de ataques”.