O padre da arquidiocese de Braga que foi condenado, esta quarta-feira, por abuso sexual de menores continua afastado do sacerdócio e trabalha atualmente como motorista de veículos de transporte de passageiros (TVDE).
De acordo com o jornal O Minho, que cita o departamento de comunicação da arquidiocese de Braga, o padre Albino Meireles “mantém-se preventivamente afastado do exercício público do ministério sacerdotal, medida que continuará até que o processo canónico seja concluído”.
A mesma fonte lembrou que, anteriormente, o caso “foi comunicado ao Dicastério para a Doutrina da Fé, autoridade competente da Igreja para estes assuntos”, tendo sido “determinado que o processo penal canónico só deve ter início após o trânsito em julgado da decisão, para permitir que a sentença judicial possa servir como elemento probatório relevante na instrução canónica”.
“Importa reforçar que esta diretriz não traduz qualquer forma de inércia ou desconsideração pelas vítimas, mas responde à necessidade de garantir a devida solidez e responsabilidade na recolha de provas, como aliás previsto pelo próprio Dicastério”, refere a arquidiocese de Braga.
De acordo com o acórdão judicial, que O Minho cita, Albino Meireles é atualmente motorista de TVDE.
Em causa o facto de o sacerdote ter “exibido e manipulado” os órgãos genitais em frente a três irmãos, todos menores, quando estava numa praia da Póvoa de Varzim, em 2023.