Esta sexta-feira, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, visitou o único sobrevivente do acidente do avião da Air Índia que, esta quinta-feira, caiu em Ahmedabad, no noroeste do país.
O voo AI171, saindo de Ahmedabad para Londres Gatwick, levava 242 passageiros. Pouco depois da descolagem, despenhou-se, deixando apenas um sobrevivente. Nele seguiam 230 passageiros, sendo 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses, um canadiano e 12 tripulantes.
As autoridades indianas apontam que o Boeing 787 provocou 268 mortos, sendo que 27 aconteceram quando o avião embateu nos edifícios, antes de incendiar.
Na sua maioria, os corpos ficaram carbonizados, pelo que não é possível reconhecê-los, sendo necessário recorrer a testes de ADN para o fazer. As autoridades estão a realizar buscas e espera-se que mais corpos sejam encontrados.
A Associated Press avança que, até agora, não se sabe se as caixas negras foram recuperadas do acidente. No impacto, o avião embateu num edifício que albergava uma faculdade de medicina, matando vários estudantes universitários.
«Estamos todos devastados com a tragédia aérea em Ahmedabad. A perda de tantas vidas, de uma forma tão repentina e desoladora, não tem palavras. Compreendemos a sua dor e sabemos também que o vazio deixado para trás será sentido durante muitos anos», apontou o primeiro-ministro Narendra Modi.
O único sobrevivente é um britânico de 40 anos, a viajar no lugar 11A. Encontrou-se com o primeiro-ministro indiano enquanto está hospitalizado, a tratar ferimentos. À emissora nacional indiana, Vishwaskumar Ramesh diz que ainda não acredita que está vivo.
O mesmo recorda que o avião ficou preso pelo ar alguns segundos depois da descolagem. De seguida, as luzes brancas e verdes acederam-se e Ramesh diz que sentia que a aeronave parecia não conseguir ganhar altura.
O lado do avião onde o sobrevivente viajava caiu no rés do chão de um edifício e conseguiu um espaço para sair depois da porta abrir. Assim, despertou o cinto e forçou-se a fugir. «Quando abri os olhos, percebi que estava vivo», completa.
O primeiro-ministro indiano também visitou alguns dos feridos do terreno no hospital.
O Gabinete de Investigação de Acidentes com Aeronaves da Índia está a investigar o acidente. As famílias das vítimas reuniram-se hoje no hospital civil de Ahmedabad.
Dois médicos apontam que dois corpos de quatro estudantes de medicina, mortos em terra, foram entregues às famílias. Há, pelo menos, outros 30 estudantes feridos, estando quatro em estado crítico.
Um Boeing 787 com 12 anos sofreu o acidente esta quinta-feira, sendo que estes aviões têm sido afetados por problemas de segurança.
Os peritos apontam que, hoje em dia, há cerca de 1200 aviões 787 Dreamliner em todo o mundo e este foi o primeiro acidente mortal em 16 anos.
ovilaverdense@gmail.com
Com Jornal de Notícias
Foto: Reuters