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Tribunal começa a julgar ‘negacionistas’ acusados de tentar agredir Gouveia e Melo e Ferro Rodrigues

O julgamento de dez arguidos acusados de injúrias e tentativas de agressão a Henrique Gouveia e Melo e a Eduardo Ferro Rodrigues começa, esta segunda-feira, no Tribunal Central Criminal de Lisboa.

Estes arguidos estão a ser julgados por incidentes ocorridos durante a pandemia de covid-19, sendo apontados como elementos ligados ao movimento negacionista. Segundo o Ministério Público, são imputados crimes de ofensa à integridade física agravada na forma tentada, injúrias agravadas, ameaças agravadas e danos qualificados.

A investigação concluiu que havia provas suficientes para levar a julgamento dez dos doze inicialmente acusados. A decisão foi tomada em dezembro de 2024 pelo Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, após alguns dos envolvidos requererem a abertura de instrução. A juíza de instrução, Sofia Marinho Pires, acabou por não pronunciar dois dos arguidos, ambos acusados de tentativa de agressão qualificada a Gouveia e Melo.

Entre os episódios descritos na acusação, destaca-se um protesto em agosto de 2021, junto ao centro de vacinação de Odivelas, onde Gouveia e Melo, então responsável pela coordenação do plano de vacinação contra a covid-19, foi insultado com palavras como “assassino” e “genocida”.

O segundo episódio ocorreu em setembro do mesmo ano, perto da Assembleia da República. Ferro Rodrigues, na altura presidente do Parlamento, foi insultado com expressões como “pedófilo” e “nojento”, quando passeava com a mulher a caminho de um restaurante.

Com o início do julgamento, os dez arguidos enfrentam agora a justiça pelas ações ocorridas durante um dos períodos mais tensos da gestão da pandemia em Portugal.

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