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Carrinha da Cruz Vermelha circula por Vila Verde para combater exclusão digital e isolamento social

A Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), através do Centro Comunitário da Vila de Prado, vai colocar no terreno, a partir do próximo mês de setembro, uma carrinha que pretende promover a inclusão digital no concelho de Vila Verde, tendo um especial enfoque nas comunidades ciganas, mas abrangendo também outra população.

Em causa está o projeto “Comunidade Criativa de Inclusão Digital de Vila Verde”, que foi oficialmente apresentado esta quarta-feira e que, segundo a coordenadora do Centro Comunitário de Prado, constitui uma “aposta inovadora” no combate à exclusão digital e ao isolamento social.

“Trata-se de uma iniciativa itinerante, alicerçada numa carrinha transformada em sala de aula digital, que percorrerá semanalmente as comunidades para oferecer formação digital personalizada”, explicou Susana Cordeiro, sublinhando que os avanços são feitos “à medida, interesse e ao ritmo de cada um”.

Com uma duração prevista de três anos, o projeto aposta numa capacitação digital personalizada, essencialmente dirigida a 144 pessoas de etnia cigana – sobretudo mulheres em idade ativa – mas também aberto a outras comunidades do concelho, nomeadamente idosos e aldeias mais isoladas.

“Para além da literacia digital, pretende-se promover o bem-estar psicossocial e o desenvolvimento de competências pessoais e sociais, através de programas adaptados, oficinas temáticas e acompanhamento próximo por uma equipa técnica”, salientou a coordenadora do Centro Comunitário de Prado.

A equipa é composta por psicólogos, técnicos da área das ciências sociais e humanas e um animador, contando ainda com a colaboração de jovens voluntários locais.

COMBATER EXCLUSÃO

“Estamos felizes e orgulhosos para contribuir e corresponder às necessidades sociais de Vila Verde. Queremos combater a info-exclusão, pois é fator de exclusão social nos dias de hoje, e promover a integração de todos”, destacou o presidente da CVP de Braga, Júlio Faceira, salientando que o projeto estará “disponível para reduzir as bolsas de pobreza em todo o concelho, não só junto das comunidades ciganas, mas também dos idosos e das populações mais distantes”.

Inspirado numa experiência-piloto anterior em Guimarães, este modelo é apoiado no âmbito do instrumento Portugal Inovação Social – Parcerias para a Inovação, com cofinanciamento do FSE+ via Programa Norte2030, e conta com o investimento social da Câmara Municipal de Vila Verde e da empresa vilaverdense Mebra.

“Quero agradecer o trabalho da Cruz Vermelha, com projetos que fazem a diferença na vida das pessoas. Hoje, Vila Verde está diferente e para melhor, graças a esta Delegação da Cruz Vermelha. É na proximidade que conseguimos chegar a todos”, apontou a presidente da Câmara, Júlia Fernandes, que destacou Vila Verde como um “concelho virado para a inclusão, voluntariado e solidariedade”.

Júlia Fernandes vincou a importância de o projeto “contribuir para que nenhuma pessoa fique excluída” e sublinhou que esta é uma “ferramenta” para aumentar a proximidade com as populações e “fazer a diferença” nas suas vidas. “O combate à exclusão digital é um caminho importante para o combate à pobreza e exclusão social”, assegurou a autarca.

Segundo a Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, “este modelo inovador tem potencial para ser replicado por outras entidades em contextos semelhantes, promovendo uma inclusão digital sustentável e próxima das comunidades”.

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