A organização Casa para Viver e o movimento Porta a Porta organizam na tarde deste sábado um protesto em Lisboa, uma das várias cidades com manifestações neste fim de semana, pelo direito à habitação e para exigir rendas mais acessíveis à população.
“Nós estamos perante uma situação de extrema gravidade no nosso país, até já reconhecida pela União Europeia que recomendou ao Governo o controlo das rendas, pediu ao Governo a limitação do alojamento local, e até agora o Governo nada fez, pelo contrário”, afirma André Escoval, um dos porta-vozes da organização e membro do movimento Porta a Porta, defendendo políticas ao serviço de quem precisa de casas para viver, citado pela SIC
A crise da habitação, que afeta a capital, mas também a generalidade do país, é o que motiva a manifestação, que juntou, até pelas 16h00, “largas centenas” de pessoas no Largo de Camões, indicou André Escoval, manifestando a convicção de que a adesão “vai crescer ao longo do caminho”.
Entre os manifestantes estavam Isabel Mendes Lopes, deputada do Livre, e Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda.
Baixar rendas, subir salários, regular o alojamento local, reabilitar edifícios devolutos e, sobretudo, fazer com que viver em Portugal não seja um luxo.
Entre as exigências esteve também o apelo por contratos de arrendamento com segurança, pelo fim dos despejos sem alternativas e por políticas públicas mais ambiciosas.
“Estamos fartos de escolher – pagar a renda ou comer”, gritaram.
ALERTA DA COMISSÃO EUROPEIA
A Comissão Europeia deixou este mês um alerta a Portugal, que “viu os preços da habitação aumentarem de forma acentuada, tanto no que diz respeito à venda como no arrendamento”, considerando que o país deve aplicar medidas concretas para resolver a situação. Entre elas, o controlo das rendas, limites ao alojamento local, uso de imóveis desocupados sejam eles públicos ou privados.
No relatório, é salientado, ainda, que a habitação se mantém “amplamente inacessível aos jovens, grupos vulneráveis e, cada vez mais, às pessoas com baixos e médios rendimentos”.
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Com RTP e SIC