O Município de Braga encomendou um estudo à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro para saber se as 130 árvores identificadas pelos serviços municipais para abate têm, ainda, salvação em termos fitossanitários.
O vereador do Ambiente, Altino Bessa, revelou, na reunião de Câmara, que o trabalho abrangerá um total de 250 árvores, já sinalizadas sobretudo nas freguesias urbanas.
O vereador sublinhou que estão em causa as freguesias urbanas, “zonas consideradas mais perigosas, se houver queda”, ou seja, o Município quer actuar por “uma questão de precaução”.
DEZENAS CORTADAS
Entretanto, o abate de dezenas de árvores recentemente realizado pela Infraestruturas de Portugal, em três vias nacionais de Braga, as que sobem o Bom Jesus, a Falperra e o Picoto, causou indignação a muitos bracarenses.
“São árvores saudáveis, que ali estavam há décadas e que desaparecem aparentemente sem motivo válido e sem uma explicação aos bracarenses. É algo que faz parte da nossa memória colectiva”, disse ao Vilaverdense/PressMinho Alberto Silva, professor, nado e criado na cidade há 60 anos, um dos que nos fizeram chegar a sua preocupação.
Esta posição tem sido partilhada em vários fóruns sobre a vida local nas redes sociais, onde as críticas à Câmara – como suposta culpada – são mais que muitas.
“Não sabemos de nada e até gostaríamos de saber o porquê. A responsabilidade é da Infraestruturas de Portugal”, disse o vereador do Ambiente, Altino Bessa.
Face a esta posição, contactámos a empresa estatal. “Estas intervenções são efectuadas com o conhecimento prévio e em articulação com as autarquias interessadas, conforme ocorreu no caso em análise”, afirma o seu gabinete de imprensa.
E acrescenta: “as intervenções de tratamento e abate de árvores executadas anualmente pela IP, em cumprimento da legislação em vigor, inserem-se no âmbito dos trabalhos de manutenção do património arbóreo confinante com estradas nacionais”.
A fonte sublinha que “estes trabalhos, que são sempre precedidos de avaliação do estado fitossanitário das árvores e dos riscos que possam representar, têm como principal objectivo garantir condições de segurança de pessoas e bens que circulam nas estradas sob jurisdição desta empresa”.