VILA VERDE –

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PS critica «política de favores» na atribuição de subsídios camarários

O PS de Vila Verde manifestou-se, esta segunda-feira, «contra uma política de favores na atribuição de subsídios», depois de ter sido levado a executivo municipal um pedido de atribuição de subsídio extraordinário de 1000 euros à Associação Juvenil Desportiva, Recreativa e Cultural de Atiães.

Em comunicado, os socialistas lembram que a presidente dessa mesma associação foi ao comício do PSD na Quinta da Malafaia, na campanha para as eleições europeias, tendo então dito à reportagem da RTP que estava a fazer um favor à «doutora da cultura».

«Estranhamente, hoje, sem qualquer fundamentação, a Vereadora da Cultura [Júlia Fernandes] apresentou na reunião de Câmara uma proposta para atribuição de um novo subsídio extraordinário de 1000 euros a essa associação. Isto poucos meses depois de lhe ter atribuído outro subsídio de 1400 euros», refere o PS.

O comunicado acrescenta que «este pedido de subsídio está feito num documento sem data, que terá sido entregue em mão à “Doutora Júlia Fernandes” e não pode ser dissociado das declarações que a presidente desta associação fez à reportagem da RTP, no sábado, 18 de Maio, à chegada a um comício do PSD na Quinta da Malafaia».

Os vereadores do PS «reconhecem o mérito e o trabalho que as associações e grupos culturais, desportivos e recreativos têm feito no concelho de Vila Verde», mas garantem não poder «pactuar com a política do favor».

«Este é um exemplo claro de falta de transparência e fundamentação para atribuição de dinheiros públicos, a que se soma a já conhecida utilização da “carrinha da junta de Marrancos e Arcozelo”. Não podemos permitir que os subsídios camarários sejam usados para benefício de interesses políticos e jamais seremos cúmplices desta forma de estar na política», apontam.

Os socialistas condenam «veementemente esta aparente implícita relação de troca de favores que, ao que tudo indica, envolve subsídios camarários», assegurando que «tudo farão» para que «a política concelhia seja feita sem qualquer tipo de pressão sobre os cidadãos ou instituições».

JÚLIA NEGA «CATEGORICAMENTE» TROCA DE FAVORES

Ao jornal “O Vilaverdense”, a vereadora da Cultura da Câmara de Vila Verde, Júlia Fernandes, disse «negar categoricamente» qualquer troca de favores, «que nunca existiu», pelo que repudia «veementemente» a tomada de posição dos vereadores da oposição.

«É lamentável que o PS lance suspeições sobre uma associação que presta um serviço de excelência ao nível da promoção da nossa cultura popular, aproveitando-se de declarações que a sua presidente fez num contexto que não tem rigorosamente nada que ver com a associação de Atiães», aponta.

Segundo Júlia Fernandes, trata-se de «um pedido, assinado pela Direcção, para aquisição de trajes para o grupo folclórico e para aquisição de uma nova bandeira, uma vez que a existente está muito deteriorada».

«Trata-se de uma situação normal, que já aconteceu com diversas outras associações. Como em todos os outros casos, o pedido foi remetido para o executivo municipal, que sempre aprovou todos os outros casos por unanimidade», refere.

A vereadora sublinha que «o município atribui um subsídio anual às associações, sendo que a associação de Atiães recebeu 400 euros actividades gerais e 1000 euros para o grupo folclórico», «tal como acontece com todas as associações que têm grupos folclóricos».

«Em política, não pode valer tudo. Tem que haver respeito pelas pessoas, pelas associações e pelo trabalho que prestam à população. O Município de Vila Verde vai continuar a apoiar as nossas associações e instituições, porque merecem todo o apoio por tudo aquilo que fazem pelo crescimento e desenvolvimento do nosso concelho», remata.

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