Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, considerou que a atribuição da classificação de Património Cultural Mundial da Unesco ao Santuário do Bom Jesus é uma «grande vitória» para Portugal e, de forma particular para Braga, resultando de um «esforço colectivo que cumpre enaltecer».
O autarca falava durante a conferência de imprensa de balanço da candidatura e perspectivas de futuro decorrida esta quarta-feira à tarde no Santuário do Bom Jesus, em Braga.
«Foi um processo difícil mas muito saboroso. O Bom Jesus e a cidade cresceram em paralelo e foram funcionando como factores de atractividade recíproca e é assim que tem de continuar a acontecer. A fruição deste espaço por parte dos Bracarenses e dos visitantes tem funcionado em articulação com as dinâmicas criadas pela cidade e o Município deu o contributo que estava ao seu alcance para que este desfecho fosse possível», acrescentou.
Ricardo Rio recordou ainda, a título de exemplo, o trabalho desenvolvido pelo Município ao nível do ordenamento urbanístico em sede de PDM – que veio salvaguardar a integridade do Santuário, factor bastante valorizado pelos representantes da Unesco – e adiantou ainda que cabe à Câmara Municipal continuar a dar o seu contributo para a valorização do Bom Jesus em diversas dimensões, nomeadamente na sua salvaguarda, na protecção civil, nos factores de animação do espaço e nas acessibilidades.
«Queremos que o Bom Jesus seja cada vez mais um activo único à escala global e com esta classificação estamos certos que o espaço e a Cidade vão ganhar mais projecção e visibilidade», disse, elogiando o «excepcional trabalho» da Confraria, Arquidiocese, das arquitectas paisagistas Teresa Andresen e Teresa Portela Marques, coordenadoras científicas da candidatura, e o esforço diplomático efectuado pelos Embaixadores Sampaio da Nóvoa e Morais Cabral.
A ideia de candidatar o Santuário do Bom Jesus à lista do Património Mundial surgiu em 1998, aquando da primeira grande requalificação, sendo que em 2017 a candidatura foi oficialmente inscrita na lista indicativa de Portugal para Património Mundial. Constituído por 26 hectares de mata a património classificados, o espaço é visitado anualmente por 1 milhão e 200 mil pessoas.