O auditório da Câmara Municipal de Vila Verde acolheu, esta quarta-feira, uma sessão de esclarecimento sobre a castanha e o castanheiro, a “Transfer Castanha”. Na abertura da sessão, o presidente da Associação Florestal do Cávado, Carlos Cação, apontou que «o castanheiro pode ser uma opção ao eucalipto», relativamente «à prevenção dos incêndios e até numa perspectiva de mercado, através da venda castanha».
«Pode haver uma solução no castanheiro como sendo uma alternativa às folhosas, como é o caso do eucalipto. Na prevenção dos incêndios ou numa perspectiva de mercado, através da venda da castanha. Penso que pode ser uma boa alternativa à plantação dos eucaliptos», afirmou Carlos Cação.
Já o Presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, notou que «é necessário saber produzir a castanha», remetendo para a importância destas sessões.
«Temos de encontrar as melhores soluções para desenvolver a agricultura e todo o conhecimento e informação sobre este processo deve ser bem aproveitado e difundido», referiu.
O autarca lembrou ainda a questão da vespa-da-galha do castanheiro, uma praga que tem sido combatida através de uma «luta biológica».
«Este é já o quarto ano que fazemos largadas do insecto para combater a vespa-da-galha-do-castanheiro, pois são essenciais para garantir a exploração. Este ano está a ser feita uma monitorização do território e o concelho até já tem uma taxa de cobertura razoável no que toca à distribuição desse insecto e no combate a esta praga. Temos de apostar numa luta biológica contra estas pragas».
SESSÃO
A sessão de esclarecimento teve início com Albino Bento, do Instituto Politécnico de Bragança, que abordou o tema “A vespa-das-galhas-do castanheiro”, seguindo-se Eugénia Gouveia, também do Politécnico, com o tema “A doença da tinta do castanheiro”.
Posteriormente teve início o painel “Comunidades de Inovação”, com as participações de Elsa Ramalhosa e Fátima Silva, também do Instituo Politécnico de Bragança.
A iniciativa, promovida pelo Instituto Politécnico de Bragança em parceira com a Associação Florestal do Cávado, teve como objectivos «dinamizar a transferência de conhecimento e tecnologia de I&D para o tecido empresarial e promover a inovação, competitividade e eficiência na fileira da castanha».