Preparar a campanha eleitoral de acordo com as regras nacionais do PS. A Comissão Política Concelhia do PS/Braga reúne-se esta noite na sede do partido para definir os procedimentos para a campanha eleitoral das próximas legislativas e também para escolher o director de campanha no concelho.
«A questão das listas não é prioritária, embora, e de forma natural, possa ser tema de debate, tendo em conta o afastamento de Pedro Sousa, o nome indicado pela Concelhia», disse o líder do PS/Braga, Artur Feio.
A secção local havia escolhido, por 55 votos a favor e 11 contra, o militante Pedro Sousa para integrar as listas de candidatos a deputados nas eleições legislativas de Outubro, mas a Direcção Nacional excluiu-o.
A reunião foi convocada dado que muitos dos membros da Comissão entram de férias em Agosto, o que torna este mês estival como praticamente inexistente em termos político-partidários.
Algumas fontes socialistas pensam que o líder da Federação Distrital, Joaquim Barreto, pode comparecer no evento, mas “O Vilaverdense” não conseguiu confirmar esta informação.
Apesar de o tema em análise não ser o do afastamento de Pedro Sousa, é previsível – disse fonte partidária – que a questão seja abordada pelos opositores a Artur Feio, nomeadamente por Jorge Faria e por Ricardo Gonçalves, que votaram contra a sua indigitação para as listas.
O processo, conforme temos noticiado, tem gerado polémica, tendo mesmo a Federação de Braga do PS acusado a Direcção Nacional do partido de violar os estatutos com as alterações impostas à lista de candidatos à Assembleia da República, que excluíram «sem explicações plausíveis» nomes propostos pelas concelhias.
Num documento dirigido ao secretário-geral do PS, António Costa, o presidente e o Secretariado da Federação e 12 presidentes de Concelhia do Distrito de Braga defendem que a lista apresentada à Direcção Nacional «tem legitimidade democrática, visto que foi aprovada pelo órgão com poderes estatutários para o efeito».
A Direcção Nacional, refere o texto, «escolheu e impôs 6 (seis) candidatos nos primeiros 11 (onze), a que corresponde 54%, quando estatutariamente tem direito a escolher 30%».
Segundo o Secretariado da Federação de Braga, a Direcção «impôs» Sónia Fertuzinhos (1.º), José Mendes (2.º), Maria Begonha (3.º), Hugo Pires (4.º), Pompeu Martins (10.º) e Maria Augusta Santos (11.º), excluindo as escolhas das concelhias de Braga, Pedro Sousa, e de Fafe, Daniel Bastos.
Os líderes distritais do PS/Braga afirmam que «não se compreende, nem se concorda com as alterações introduzidas, pela direcção nacional» na lista proposta pela federação bracarense, dizendo que «tal acto viola os estatutos do partido no que respeita ao princípio estatutário da autonomia dos órgãos distritais, o que, no caso em concreto do Distrito de Braga, é ainda reforçado pela auscultação prévia que foi feita às Concelhias».