Trabalhadores das misericórdias iniciam esta quinta-feira uma greve ao trabalho extraordinário e ao trabalho de escala em dia feriado uma paralisação que se vai estender até 31 de Dezembro, para exigir melhores salários.
Os trabalhadores da União das Misericórdias Portuguesas e das Santas Casas de Misericórdia associadas da União pretendem lutar pelo aumento dos salários e pelo pagamento acrescido de 100% do trabalho em dia feriado.
“Os trabalhadores das Misericórdias, que prestam um serviço de enorme importância, nomeadamente na prestação de cuidados aos utentes, mas também de muito desgaste físico e psíquico, têm salários de miséria, associados a uma enorme exploração, sendo todo esse trabalho feito à custa do empobrecimento dos trabalhadores”, refere o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços de Portugal (CESP).
No comunicado, o sindicato refere que salário dos trabalhadores de apoio na generalidade das Santas Casas de Misericórdia é “actualmente de 600 euros, por via do aumento do salário mínimo nacional”.
“Com 20 anos de antiguidade nestas instituições, estes trabalhadores continuam a receber o salário mínimo nacional”, lamenta o sindicato, considerando o aumento salarial como “urgente e fundamental”.
Estes funcionários das Misericórdias, que trabalham em lares, casas de acolhimento ou centros de apoio à deficiência, trabalham nos feriados, mas “recebem apenas metade do tempo trabalhado ou o gozo de meio dia de descanso compensatório”, refere o sindicato.