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Pedro Nuno Santos garante que interesse da Câmara de Braga será respeitado na definição do futuro das ‘Convertidas’

O ministro das Infra-estruturas e da Habitação garantiu que o futuro do antigo Recolhimento das Convertidas do nada será definido “contra a vontade” da Câmara de Braga e da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado.

Pedro Nuno Santos, que esta terça-feira visitou as ‘Convertidas’ – imóvel recentemente integrado no Plano de Reabilitação do Património Público para Arrendamento Acessível-, afiançou que o desejo da autarquia neste processo “será sempre respeitado” pelo governo.

Recorde-se que a integração do edifício naquele Plano mereceu a discordância do município e da CIM Cávado, considerando que o edifício faz parte da história da cidade e que existe interesse em garantir a sua preservação e adequação a um edifício residencial da memória histórica de Braga.

O governante, que considerou as ‘Convertidas’ um edifício com “importância cultural e histórica”, sugeriu uma avaliação ao imóvel para “identificar as possíveis soluções e o acordo avance. Se não houver [acordo] não se avança”.

“A nossa cooperação vai continuar e não fica prejudicada se o imóvel sair da lista [do Plano de Reabilitação do Património Público para Arrendamento Acessível]. Estamos ainda disponíveis para integrar no Plano outros imóveis que a Câmara possa ajudar a identificar”, afirmou Pedro Nuno Santos.

ESTUDO TÉCNICO

Já Ricardo Rio afirmou estar “satisfeito” com a “disponibilidade e lealdade institucional” assumida pelo ministro e com “a garantia de que os interesses e aspirações do município e dos agentes locais serão soberanos”.

“Aceitamos que seja feito o estudo técnico do edifício de modo a identificar o potencial aproveitamento do mesmo para diferentes fins. Com base nesse estudo teremos mais certezas sobre as soluções que podem ser adoptadas sem colocar em causa a perspectiva patrimonial e a salvaguardada da dimensão cultural na fruição do edifício”, referiu o presidente da autarquia.

“Temos projectos próprios da Câmara e da CIM Cávado que gostávamos de concretizar”, referiu, adiantando que, a título de exemplo, este seria um “espaço notável” para o arquivo municipal ou para a instalação de um museu interactivo da história da cidade.

“Se for possível articular esses princípios com outros fins para o imóvel, não vamos obstaculizar”, sublinhou, lembrando que o imóvel está afecto ao Ministério da Administração Interna e que, desde de 2017, a CIM Cávado tem manifestado a interesse em incluir o equipamento numa permuta, entregando o Palácio dos Biscainhos (sua propriedade mas ocupado pelo Estado com um museu) ao Estado e acolhendo o Recolhimento das Convertidas.

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