O PubhD UMinho retoma a actividade já este mês de Setembro. A 5ª temporada do projecto volta a ser no Barhaus, em Braga e conta na rentrée com Ana Isabel Silva (Estudos da Criança), que apresentará um projecto inovador envolvendo actividade física e grávidas e Ana Martins (Sociologia), que desafiará a audiência para reflectir sobre sexo, drogas e rock & roll. O encontro está marcado para as 21h15 desta quinta-feira, 26 de Setembro. A entrada é gratuita.
PUBHD UMINHO
O PubhD é um movimento internacional de divulgação informal da ciência, lançado em Nottingham (Reino Unido) em 2015 e que chegou a Portugal pouco depois. Tem como principais características a «realização de conversas informais sobre projectos de investigação, em bares, limitando os oradores à comunicação criativa sem apoio de suportes multimédia e sujeitando-se eles às perguntas do público leigo no assunto». O PubhD UMinho já contou com a participação de 84 investigadores nas mais diversas áreas perfazendo, com esta, 40 sessões.
ORADORES
Ana Isabel Silva (Estudos da Criança) – “Grávidas activas, bebés (mais) saudáveis”
Já todos sabemos que a actividade física regular beneficia a saúde e o bem-estar, mas Ana Isabel Silva quis levar o assunto mais longe e demonstrar que a actividade física durante a gravidez não só beneficia a futura mãe como vai melhorar a saúde do recém-nascido. A sua investigação envolveu 313 grávidas dos concelhos de Guimarães e Vizela e teve como objectivo avaliar o impacto de um programa (específico) de actividade física durante a gravidez, na saúde da mãe e do bebé. Os resultados desta investigação, que foi orientada por Beatriz Pereira e Rafaela Rosário do CIEC, Universidade do Minho revelam um impacto positivo na saúde materna e neonatal e podem contribuir, com evidência científica, para programas e políticas a desenvolver com vista à promoção de estilos de vida saudáveis particularmente orientados para mulheres em idade fértil.
Ana Martins (Sociologia) – “Sexo, drogas e rock & roll”
Não é a primeira investigadora a interessar-se pelo mundo da música, mas aquilo que Ana Martins se propõe estudar tem por objectivo identificar, compreender e mapear as principais representações de risco e de estigma associadas às manifestações rock em Portugal. A investigadora quer determinar o peso dos consumos de álcool e drogas na generalidade dos comportamentos de risco representados pelos actores sociais ligados à música rock e qual a evolução verificada desde 1960 até aos nossos dias. O seu projecto de doutoramento decorre no Instituto de Sociologia da Universidade do Porto sob orientação de Paula Guerra e a originalidade da pesquisa passa por tentar perceber se o lema de Woodstock (“sexo, drogas e rock & roll”) foi assimilado na cultura rock em Portugal e na forma como são percepcionados os estilos de vida “rockeiros”.