VILA VERDE –

VILA VERDE – -

Vilela pergunta a vereadores o que pensam da compra do IEMinho por 700 mil

O presidente da Câmara de Vila Verde, António Vilela, vai questionar a vereação, na próxima reunião de Câmara, sobre a possibilidade de vir a  comprar o edifício do IEMinho – Instituto Empresarial do Minho/Centro de Incubação de Empresas, de Soutelo, que foi posto à venda em hasta pública e através de leilão electrónico, por cerca de 700 mil euros.

O autarca social-democrata, que sempre defendeu a continuação da actividade do Instituto, gostaria que uma eventual aquisição fosse consensual, isto é, que tivesse o apoio dos vereadores socialistas, na oposição.

O Município considera que o prédio vale, mais euro menos euro, o dinheiro pedido, o que não sucedeu no anterior leilão, onde não compareceu à hasta pública, para a compra, por 1,32 milhões de euros, do edifício.

A autarquia compraria o prédio, mas ficaria, em simultâneo, na posse do organismo, “totalmente livre de dívidas”.

Recorde-se que o Tribunal de Famalicão, em assembleia de credores, decidiu liquidar o organismo, cujo edifício-sede alberga 44 empresas.

BANCO CREDOR

Em 2018, num documento entregue aos sócios, a Direção concluiu que o IEMinho não tem receitas capazes de suportar a despesa e tem elevada dívida a terceiros, em especial ao Novo Banco, credor de 1,1 milhões de euros e que veio reclamar o seu pagamento antecipado.

Em janeiro de 2018, e na sequência do inquérito judicial que envolve a Associação Industrial do Minho e o próprio IEMinho, foi-lhe cortado o acesso a apoios comunitários.

O Instituto tem, no entanto, alguns ativos, entre os quais o edifício, com 2650 m2, a que acresce um terreno anexo de 2.500 m2. Avaliados em 3,2 milhões na sua contabilidade.

Foi criado em 2002 e está ativo desde 2005. Tem 752 mil euros de capital social repartidos pela extinta AIMinho, Câmara de Vila Verde, UMinho, Associação Comercial de Braga, 2Bvangarve, SA, Adrave-Associação Regional de Desenvolvimento do Vale do Ave, e Idite-Minho. Estes três últimos já extintos.

A insolvência foi pedida pela H2com – Unipessoal, Ld.ª, de Soutelo, com o argumento de que o IEMinho é lhe devedora de 2.995 euros.


Luís Moreira (CP 8078)

Partilhe este artigo no Facebook
Twitter
OUTRAS NOTÍCIAS

PUBLICIDADE