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Eurodeputada Isabel Carvalhais (PS) alerta em Famalicão para aumento de “refugiados climáticos”

Isabel Estrada Carvalhais, deputada do Parlamento Europeu (PE), defendeu que a alteração climática “é um problema com uma abrangência transversal nas sociedades’, lembrando os milhões refugiados que provoca e cujo número aumenta todos os anos.

Falando no Clube Europeu da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Famalicão, sobre Alterações Climáticas um desafio para a Europa’, a eurodeputada socialista referiu que “só em 2018 surgiram mais 17 milhões de deslocados no mundo por circunstâncias ambientais, dos quais 16 milhões devido a comportamentos extremos do meio do ambiente”, o que no seu entender “atesta a intensificação destes fenómenos e o seu impacto sobre os movimentos migratórios.”

Isabel Carvalhais lembrou o Pacto Global para as Migrações, assinado em Marrocos em Dezembro de 2018 por 164 estados – um total que se explica pelo facto de o pacto não ser vinculativo.

Neste pacto das Nações Unidas, “as alterações climáticas são reconhecidas como uma forte causa das migrações”, o que para Isabel Carvalhais, é um reconhecimento da expressão “refugiados climáticos”.

A sessão debate, muito participada tanto por uma grande plateia de jovens, como por agentes educativos diversos, contou com a participação de alguns especialistas que reflectiram e exploraram a temática das alterações climáticas, que têm estado no topo da actualidade. João Vieira, director Ciência Viva de Braga e Vasco Flores Cruz, biólogo, foram outros dos participantes no debate.

Na parte de perguntas e respostas Isabel Carvalhais não deixou de assumir “a responsabilidade dos decisores políticos nas mudanças necessárias”, embora reconheça que “as sensibilidades são muitas vezes díspares dentro da própria União Europeia, o que acaba por resultar nalguma falta de solidariedade nas deliberações”.

Contudo, realçou que ao longo dos tempos o PE tem revelado uma preocupação crescente com as questões ambientais, como se vê na aprovação no passado dia 23 de uma resolução em que o PE defende um acréscimo de dois mil milhões de euros no orçamento de 2020 para o ambiente, em relação à proposta inicial da Comissão Europeia.

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