A Jornada Mundial da Juventude de 2022, em Lisboa, com a presença do Papa Francisco, será um acontecimento nunca visto em Portugal e terá um custo acima de 50 milhões de euros, disse esta quinta-feira o presidente da Conferência Episcopal.
“É uma realidade como nunca tivemos em Portugal, nem na Igreja nem na sociedade. É importante que as pessoas tenham consciência disso. Daqui a dois anos e meio, um país que tem dez milhões de habitantes vai contar com um a dois milhões de jovens vindos de todo o mundo”, afirmou o cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Manuel Clemente.
Falando em conferência de imprensa em Fátima, no final da assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Clemente referiu que “atendendo ao que tem acontecido nas outras jornadas, o orçamento será para cima de 50 milhões de euros”.
Segundo o cardeal, a organização espera que “uma boa parte” do investimento seja reembolsado através das inscrições dos jovens que vão participar no evento, onde se espera receber entre um a dois milhões de participantes.
Para a angariação de fundos e gestão dos fundos associados ao evento, já foi criada a Fundação Jornada Mundial da Juventude, referiu, explicando que essa tem sido a prática nos outros países, sendo que a dimensão da iniciativa exige “uma estrutura própria, devidamente auditada desde o primeiro momento”.
Questionado sobre a possibilidade de apoio financeiro por parte do Estado, Manuel Clemente disse que essa questão ainda terá que ser discutida, mas que haverá “certamente, especialmente em questões logísticas”.
As Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) são consideradas o maior evento organizado pela Igreja
Foto: Jornada Mundial da Juventude, Panamá 2019