A CDU votou, esta segunda-feira, em reunião de vereadores do município de Braga, contra um pedido de autorização enquanto “investimento estratégico” de licenciamento de um hotel de 2 estrelas, no largo da Estação, da cadeia MOOV.
Na ocasião, o vereador Carlos Almeida elencou razões urbanísticas e o excesso de unidades hoteleiras na zona da estação ferroviária para justificar o voto contra.
O presidente da Câmara retorquiu, dizendo que em todas as cidades europeias com muito turismo, como é o caso de Braga, há zonas onde os hotéis se concentram, como sucede com as estações de comboio. Rejeitou, ainda, as questões urbanísticas levantadas pelo vereador comunista.
O pedido de licenciamento, que agora entra em discussão pública, tinha uma recomendação positiva da Divisão de Planeamento e Regeneração Urbana, do pelouro do vereador do Urbanismo, Miguel Bandeira.
O hotel, de duas estrelas, terá sete pisos acima do solo e um subterrâneo, e capacidade para 194 hóspedes, representando um investimento de cinco milhões de euros. Estará vocacionado para estadias curtas (2 ou 3 noites), “com grande apetência para mobilidade em modos suaves”.
MERCADO MUNICIPAL
Na reunião de vereadores, o PS, pela voz de Artur Feio, levantou a questão do prolongamento da obra de requalificação do mercado municipal e o acréscimo de custos que tal representa devido ao aluguer das tendas que estão montadas na Praça Conde de Agrolongo, popularmente conhecida como Campo da Vinha. O que – sustentou – aumenta muito o preço final da obra.
A este propósito, Rio disse que o custo do aluguer não se pode somar ao da obra propriamente dita, já que a Câmara nem sequer era obrigada a montar um mercado provisório: “fizemo-lo para não prejudicar os bracarenses que iam habitualmente ao mercado e para minimizar os efeitos negativos causados aos comerciantes”, explicou.
IGUALDADE DE GÉNERO
Os vereadores concordaram com uma proposta de protocolo de cooperação com Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG). O objectivo é o de pôr em prática as medidas da Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2020 Portugal +Igual.
O acordo propicia, assim, a criação de uma Equipa para a Igualdade da Vida Local (EIVL) e a nomeação de dois/duas conselheiros/as locais para a igualdade.
Com a aprovação do documento, passa a competir à autarquia a tarefa de, “conceber e implementar um Plano Municipal para a Igualdade e a Não Discriminação” e garantir serviços de atendimento, informação e encaminhamento para vítimas de violência contra as mulheres e violência doméstica.