Artigo de Susana Silva (CPCJ de Vila Verde)
A educação, formal e informal, é um fator critico na capacidade de um individuo se inserir socialmente. Assim, tudo o que os educadores formais e informais fazem na educação de uma criança desempenha um papel estruturante na sua formação pessoal e social.
Cada vez mais ouvimos falar na necessidade de ter jovens e adultos empenhados na construção de uma sociedade melhor, mais democrática e mais evoluída, que participem no desenvolvimento desta sociedade, que sejam cidadãos ativos e participantes e não apenas meros espectadores de tudo o que vai acontecendo no mundo. Os cidadãos ativos não só conhecem os seus direitos e responsabilidades, como demonstram solidariedade com as outras pessoas e estão preparados para dar algo em troca à sociedade. É premente pensar naquilo que fazemos para promover esta cidadania ativa e participativa. Até que ponto, educamos as nossas crianças para serem cidadãos ativos?
Os diferentes estudos acerca do desenvolvimento das crianças chamam a atenção para o facto de que é durante os primeiros anos da nossa vida, na interação com os adultos significativos, pais, avós, educadores, professores, que construímos a ideia acerca de nós próprios, dos outros e do mundo. Assim, é fundamental construir e promover nas nossas crianças a cultura da cidadania ativa e participativa adequada ao seu “tamanho” nas pequenas tarefas do dia-a-dia, mas que contribuem para a formação de uma identidade ativa e participativa. A educação informal pode desempenhar um papel preponderante na construção desta participação, dando atenção efetiva à criança e às suas necessidades, permitindo que faça pequenas escolhas no dia-a-dia, ensinando a tomar pequenas decisões, permitindo que participe nas decisões da família adequadas à sua idade, como: na decisão das decorações do natal, nas atividades de lazer a serem realizadas pela família no fim-de-semana, na preparação e planeamento de momentos importantes na vida da criança (festa de aniversário, atividades extracurriculares …).
Se queremos ter adultos ativos e comprometidos com a vida em sociedade, com o Associativismo, com a vida social e pública da sua vila, do seu País, temos de começar agora a educar as crianças para essa cultura de Participação!