O ‘Braga para Todos’ manifesta o seu apoio a transformação da antiga Fábrica Confiança em residência universitária e dispara contra a Plataforma Salvar a Fábrica Confiança e a oposição, que defendem a continuação da antiga saboaria nas mãos da autarquia. E acusa também contra o pelouro da Cultura de não ter “gente capaz”.
Em comunicado ao PressMinho/O Vilaverdense, considera “benéfico” a construção de residência universitária no terreno da antiga Confiança e acusa a oposição e a Plataforma de “infantilidade atroz”.
Recorde-se que o segundo caderno de encargos tendo em vista à alienação do imóvel foi aprovado em reunião de executivo no início da semana com os votos contra do PS e da CDU.
O movimento diz que “sempre se manteve do lado” do presidente da autarquia, Ricardo Rio, na intenção de vender a Confiança, apenas o criticando por “ter usado este tema como bandeira política e ter cometido o erro de a comprar para agradar a alguns”.
“A Confiança até pela sua dimensão nunca poderia ficar nas mãos de associações”, afirma, acrescentando que quem o defende, “é de uma infantilidade atroz”, não tendo “noção de gestão de espaços”.
“Ninguém, a não ser os beneficiados, podem defender esta ideia; Braga não é para alguns é para todos”, afirma, dirigindo-se a “alguns detentores de associações”.
“Não faz sentido – continua o comunicado- um partido político defender que a Confiança fique à responsabilidade de uma plataforma de associações quando o valor do imóvel é elevado e não há qualquer plano de estratégia que mostre que este funcionaria”.
Afirmando que “muitas destas associações e activistas não têm qualquer papel activo na cidade” e que “não gerem associações que sejam úteis”, o movimento questiona ainda qual “o sentido de ficar com algo pago por todos?”.
“Braga tem vários espaços mal geridos que podem ser divididos e outros alugados; não temos falta de espaços culturais temos é infelizmente um pelouro da cultura sem pessoas capazes”, atira.
Sobre “o alarido que houve contra a venda no digital [leia-se redes sociais]”, o movimento sustenta que “há uma massa crítica contra a venda da fábrica que usou, como tem direito, todos os meios para a travar, mas essas pessoas não representam nem 10% dos bracarenses”.
Conclui aconselhando todos os que se opõem à venda do imóvel para se “juntarem e comprarem o imóvel já que ele é tão versátil. Isso sim era louvável, agora querer que este fique em domínio público a degradar-se não é aceitável”.