O Tribunal de Vila Verde condenou um homem a dois anos e seis meses de prisão, com pena suspensa, por ter insultado e agredido um bombeiro da corporação de Vila Verde, que combatia um incêndio no lugar de Cisão, em Barros, no dia de Natal de 2018.
Segundo a acusação do Ministério Público, a que “O Vilaverdense” teve acesso, a vítima integrava um grupo de 15 bombeiros que, ao início da madrugada do dia 25 de Dezembro de 2018, tinha sido mobilizado para um incêndio numa casa.
Acrescenta que, cerca das 01h25, quando o bombeiro se preparava para desenrolar uma mangueira para combater as chamas foi interpelado por um popular, que abeirou-se dele e, por razões não apuradas, «esmurrou-o repetidamente, projectando-o no chão». De seguida, «desferiu-lhe vários pontapés, atingindo-o em diversas zonas do corpo».
Em consequência das agressões, o bombeiro sofreu várias escoriações, hematomas e outras lesões que foram causa directa de 14 dias de doença, com afectação da capacidade de trabalho geral nos primeiros 10 dias.
Para o Ministério Público, o arguido sabia que a vítima estava no exercício das suas funções de bombeiro, em missão urgente de socorro no combate a um incêndio numa moradia e, por isso, «tinha um dever especial de o respeitar». Foi acusado de um crime de ofensa à integridade física qualificada.
QUEIXA ARQUIVADA
O arguido apresentou também queixa contra o bombeiro, a quem acusou de lhe ter desferido um pontapé na perna esquerda, o que configuraria um crime de ofensa à integridade física. O Ministério Público arquivou o processo por entender que os elementos recolhidos nos autos não indiciam a prática de tal ilícito.