Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica a trabalhar no Hospital de Braga decidiram esta quinta-feira, em plenário, agendar uma greve para dia 26, com concentração em frente ao hospital, disse à Lusa o dirigente do sindicato do sector.
“Vamos protestar contra a falta de respostas concretas do hospital e da tutela no que se refere à aplicação [nesta unidade de saúde] do contrato colectivo de trabalho de outros hospitais EPE (Entidade Pública Empresarial)”, disse Luís Dupont, dirigente do STSS – Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, lembrando que o Hospital de Braga passou a EPE a 1 de Setembro de 2019.
A “desigualdade no tratamento” é um dos principais motivos do descontentamento destes profissionais que, com o protesto, visam também demonstrar, “publicamente, o desagrado e o descontentamento pela falta de capacidade, atempada, da instituição de dar resposta a todas as necessidades, internas e externas, que têm vindo a ser apresentadas e que põem em causa, não só as condições laborais destes profissionais, como também a prestação dos cuidados de saúde da instituição”.
Em cima da mesa, estão temas como a publicação dos Regulamentos Interno e de Produção Adicional, a constituição do conselho técnico, devidamente reflectido no regulamento interno, a correcta nomeação dos cargos de coordenação e direcção, bem como a adesão ao Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) dos hospitais EPE e a regularização dos vínculos precários.
Após a passagem para a esfera pública do Hospital de Braga, segundo Luís Dupont, o STSS encetou um conjunto de medidas com vista à defesa das condições laborais destes profissionais.
“Num clima de cordialidade e abertura, as partes directamente envolvidas mostraram receptividade ao que foi exposto pelo sindicato. Pediram-nos, quer a Administração Regional de Saúde do Norte quer o actual conselho de administração, um período de adaptação (três meses), no sentido de manter o regular funcionamento dos serviços”, disse.
Contudo, acrescentou, “passados três meses, o conselho de administração mostrou-se ‘sensível’, mas incapaz de resolver a situação, porque aguarda orientações da ARS Norte e da tutela”.
“Acho que já foi dado tempo suficiente para continuarmos à espera simplesmente com promessas. Será um protesto público e esperamos que até lá ainda haja alguma resposta concreta sobre as nossas reivindicações, que são os direitos destes trabalhadores que não estão a ser cumpridos”, frisou.
A greve de dia 26 é acompanhada de uma concentração dos trabalhadores, marcada para as 10h00.