É com palavras muito duras que Benjamim Pereira que responde à Associação Cidadãos de Esposende, que acusou a Câmara Municipal de “não acautelar” a população no quadro da epidemia do Covid-19.
Recorde-se que aquela associação em comunicado “lamentava” que “tenha de ser uma associação sem fins lucrativos a acautelar os interesses dos esposendenses” e, em nota posterior, acrescentava que “passado 4 horas” daquele comunicado, “a Câmara apresenta na sua página institucional uma medida sobre restrições na biblioteca municipal, um folheto informativo e dois cartazes da DGS”, e que passados dois dias, “depois da pressão”, “surge um plano de contingência, de acordo com as recomendações da DGS”.
Face a estas acusações, o presidente da autarquia assegura, em comunicado ao PressMinho/OVilaverdense/OAmarense, que “o assunto estava e está a ser tratado de forma responsável”, e “em total articulação” com as entidades nacionais e locais da saúde, protecção civil, executivo e técnicos das diferentes áreas municipais, lembrando que foi elaborado “em devido tempo” um plano de contingência onde é adoptado um conjunto de medidas preventivas, que vigoram desde o passado dia 2 e reforçadas no dia seguinte.
“O que se lamenta é que estas afirmações tenham sido propositadamente apagadas pela associação para não estarem sujeitas ao escrutínio da população de Esposende”, denuncia Benjamim Pereira.
“É de facto incrível a desfaçatez dos responsáveis desta associação e muito mal estaríamos se cedêssemos a pressões irresponsáveis e alarmistas, que apenas promovem a insegurança e o pânico, sem se preocuparem de verdade com os cidadãos”, diz o autarca.
Acusando a Cidadãos de Esposende de, “num tema tão sensível”, promover uma atitude que “reflecte uma irresponsabilidade flagrante, que expôs definitivamente ao que vem”, Benjamim Pereira passa ao ataque.
“Se aquando da sua criação, ficamos expectantes acerca das suas reais motivações, rapidamente percebemos que o que motiva a acção desta associação é apenas a crítica, fundamentada em problemas que por vezes não existem ou cuja resolução não depende do município de Esposende, assentes numa agenda política de pessoas desconhecidas da sociedade e comunidade esposendense”, afirma.
“A ambição pessoal é legítima, mas nunca à custa do prejuízo do nosso concelho, tal como se tem verificado de forma recorrente, através da acção mediática desta associação. Desde a tentativa de apropriação e utilização indevida do slogan ‘Esposende um privilégio da natureza’, à imputação de responsabilidades ao município de manutenção de vias que não são da nossa responsabilidade, à confusão lançada no que respeita ao prato típico de Esposende, à criação de inquéritos influenciados negativamente, como é o caso do das obras de arte, entre muitas outras situações”, refere.
“Perante estes condenáveis comportamentos”, conclui Benjamim Pereira, “o município não reconhece a esta associação e aos seus responsáveis qualquer legitimidade para representar os cidadãos”.