O antigo vereador da Câmara de Vila Verde Álvaro Santos defendeu, esta sexta-feira, que os «milhões previstos para festas e afins devem ser deslocados para a ajuda às pessoas, às instituições e às empresas».
«Sugiro que a Câmara de Vila Verde cancele, de imediato, por um período de um ano, todos os gastos com festas, e iniciativas afins, com propaganda, marketing… A Câmara deveria proceder de imediato à alteração do seu orçamento, por forma a permitir que alguns milhões de euros previstos em áreas não vitais sejam urgentemente colocados ao serviço dos problemas centrais das pessoas», refere.
Numa publicação no seu “Facebook”, Álvaro Santos sublinha que, «sempre com custos reduzidos, a única festa que poderia ficar em aberto realizar seria a Festa das Colheitas, uma vez que a de Santo António já estará comprometida pela evolução do surto».
PUBLICAÇÃO NA ÍNTEGRA:
«Milhões previstos para festas e afins devem ser deslocados para a ajuda às pessoas, às instituições e às empresas.
Sugiro que a câmara de Vila Verde cancele, de imediato, por um período de um ano, todos os gastos com festas, e iniciativas afins, com propaganda, marketing…
A câmara deveria proceder de imediato à alteração do seu orçamento, por forma a permitir que alguns milhões de euros previstos em áreas não vitais sejam urgentemente colocados ao serviço dos problemas centrais das pessoas.
Sempre com custos reduzidos, a única festa que poderia ficar em aberto realizar seria a Festa das Colheitas, uma vez que a de Santo António já estará comprometida pela evolução do surto.
Os milhões previstos para fins não essenciais poderiam ser redirecionados para:
1. pagar análises ao COVID-19 a todos utentes e funcionários de todos os lares concelhios, medida que pouparia muitas vidas;
2. aliviar a fatura mensal das famílias, das instituições e das empresas, como seja, por exemplo, eliminação total da fatura da água, saneamento e recolha do lixo; isenção de taxas de funcionamento de indústrias empresas e estabelecimentos comerciais;
3. reforçar as verbas das juntas e dos bombeiros, para execução de actividades no combate à pandemia, já que, mais do que nunca, a política de proximidade é decisiva.
Vivemos uma calamidade pública. Estamos em pleno ciclone na saúde e avista-se um furacão na economia.
A situação é dramática e adivinha-se que se vai tornar ainda mais difícil.
São milhares os Vilaverdenses que veem os seus rendimentos a diminuir a olhos vistos, muitos poderão ver desaparecer o seu desemprego e são centenas de pequenas e médias empresas que deixaram de funcionar e estão à beira de não voltar a abrir.
É urgente fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para atenuar a situação de angústia em que muitos se encontram.
Felizmente, alguns de nós ainda conseguirá fazer face às suas despesas. Mas para muitas famílias, instituições e empresas o cenário financeiro e económico é trágico.
Urge, pois, aliviar-lhes a fatura dos seus gastos mensais
Da minha parte, deixo um compromisso público: se a autarquia decidir isentar o pagamento da água, saneamento e lixo, eu estou disposto a continuar a pagar a minha fatura, uma vez que me situo no grupo dos que, para já, conseguem cumprir com as suas obrigações financeiras.
Estou consciente que não é fácil ser decisor político nesta altura. Por isso mesmo, este post não visa nenhum tipo de crítica a autarquia. Apenas pretende ajudar, introduzindo um pensamento para reflexão de todos.
A situação é bastante grave, mas juntos, com humanidade e solidariedade, iremos ultrapassá-la».