O vereador do PS José Morais tornou público um “e-mail” que enviou ao presidente da Câmara de Vila Verde, onde considera ser «desadequado» discutir a atribuição de um subsídio para comparticipar a compra de um novo sino para a Igreja de Coucieiro e pede que a proposta seja retirada da ordem de trabalhos da próxima reunião de executivo municipal.
«Considerando o momento de crise extrema em que vivemos, proponho que o senhor presidente retire este assunto da ordem de trabalhos», refere José Morais.
«Esta proposta da senhora vereadora da cultura é totalmente desadequada a este tempo de angústia para todos nós e revela uma enorme falta de sensibilidade para com todos os que estão a sofrer duramente os efeitos da Covid-19», acrescenta.
Considerando que «em tempos de crise profunda é necessário fazer opções, muitas vezes difíceis», Morais diz que «a Câmara tem de centrar os seus recursos no combate à pandemia e no apoio aos vilaverdenses, principalmente aos mais desfavorecidos».
«Por um lado, temos de combater energicamente a pandemia. Por outro, os vilaverdenses, as instituições e as empresas estão a viver momentos de enorme aperto financeiro, o qual poderá transformar-se, de seguida, numa crise de desemprego em grande escala», refere.
No texto, o vereador socialista diz apreciar o trabalho que as diversas paróquias do concelho realizam e reconhecer a importância de valorizar o património religioso, mas diz estar «certo que a paróquia de Coucieiro entenderá que esta não é a altura certa para se discutir a atribuição de um subsídio desta natureza».
«Assim, apelo ao bom senso do senhor presidente da câmara e solicito-lhe que retire da ordem de trabalhos a proposta da senhora vereadora da cultura de se atribuir um subsídio de 2.500 € para a compra de um sino de igreja», termina.
