A Câmara de Vila Verde aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, a redução de 50% na factura de água, saneamento e lixo nos meses de Abril, Maio e Junho aos consumidores domésticos. Os lares terão isenção total.
No caso das empresas (consumidores não-domésticos) que desenvolvam actividades de comércio, indústria e serviços específicos, há igualmente isenção total, que contudo não se aplica quando que se verifiquem consumos superiores a 50% dos consumos médios registados no último ano.
A autarquia decidiu aplicar a isenção total do pagamento de tarifas fixas e variáveis às instituições sociais (IPSS) do concelho.
PS QUERIA MAIS
Num comunicado divulgado há poucos minutos, o PS refere que pretendia a isenção total do pagamento de taxas a todos os consumidores.
«Propusemos isentar totalmente os cidadãos e as empresas durante três meses do pagamento de água, saneamento e lixo. Com esta proposta, queríamos ajudar a aliviar as contas mensais dos vilaverdenses, num momento de grande dificuldade financeira. Lamento profundamente que Câmara tenha chumbado a nossa proposta», refere José Morais.
«Apesar de tudo, valeu a pena fazermos a proposta e apresentar todos os nossos argumentos. Com a nossa acção, conseguimos que o executivo saísse da sua posição rígida de não fazer nenhuma isenção e decidisse hoje a redução de 50% da factura das famílias e das empresas. Achamos que devia ser 100%, mas 50% é melhor do que nada. Assim consideramos que cumprimos a nossa função de oposição consciente», acrescenta.
VILELA FALA EM ENTENDIMENTO
O presidente da Câmara, António Vilela, refere que a proposta aprovada resultou de um «entendimento» no executivo municipal, que reuniu esta segunda-feira por vídeo-conferência.
«Já tínhamos introduzido alterações nos tarifários de água e saneamento, pelo que não temos tido nenhuma posição rígida. Agora foi também decidido fazer uma redução de 50% da factura aos consumidores domésticos, que resultou de um entendimento em reunião de Câmara», referiu.
Segundo o autarca, o Município poderá avançar com outras medidas adicionais, tendo em conta o evoluir da pandemia Covid-19 e o seu impacto económico, quer no caso das famílias, quer no caso das empresas.