O presidente da Concelhia de Braga do CDS-PP ainda hoje não entende por que razão o Governo não começou por testar os utentes e colaboradores dos lares de terceira idade Norte do país, onde se verifica a maior incidência de casos de infecção e óbitos por covid-19.
Altino Bessa historia: o Governo anunciou, na última semana de Março, a realização de testes em todos os lares do país, iniciou-se então o rastreio, “na sua grande escala”, em concelhos do sul e centro, com a garantia que em duas semanas os testes chegariam a todo o país.
“Perante este facto, surge a inevitável interrogação: porque não começaram a testar no norte do país onde a situação nos lares é critica”, questiona Altino Bessa em comunicado ao PressMinho.
Dizendo não encontrar uma “resposta plausível”, conclui que, numa situação em que era imperativo fazer testes em todos os lares “rapidamente e em força”, a estratégia seguida pelo Ministério da Saúde “revela grande assimetria e erroneidade no plano de gestão de distribuição de testes”.
“Esta situação específica –afirma- leva-me a concluir que a logística adoptada pelo Governo não foi (de todo) concertada com a realidade vivida actualmente em território nacional”. Defende, assim, que “urge cogitar estratégias que surtam respostas efectivas e imediatas para a população”.
O líder centrista elogia a resposta a esta “situação de risco” da Câmara de Braga, onde é o vereador com a tutela da Protecção Civil, ao assumir a “responsabilidade, encetando o programa de rastreio a lares totalmente promovido” pela própria autarquia, assumindo “aquele que deve ser o principal desiderato: cuidar dos nossos munícipes”.
“Se estivéssemos à espera dos testes do programa do Governo, ainda hoje não teríamos testado nem metade dos utentes e colaboradores dos lares do concelho”, atira.
“Braga foi célere e eficaz na resposta e só assim conseguiu realizar, até à data, 60% dos testes”, diz, salientando “a importância da proximidade com a comunidade na medida em que só assim é possível conhecer as situações prementes no imediato e mover esforços para dar resposta”.
Recorde-se que, segundo números avançados esta semana pela autarquia, que testados mais de 1.800 utentes e profissionais de 32 instituições do concelho, na sua maioria através do programa de rastreio municipal. No total, foram contratualizados mais de 3.000 testes, para abranger todo o universo de utentes e profissionais das instituições do concelho, num investimento superior a 250 mil euros, metade do qual já concretizado.