Aos poucos, a vida começa a invadir as ruas do Concelho de Vila Verde. Apesar de ainda não serem muitas as caras que se vão vendo, a reabertura de cafés, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais começa a devolver alguma “normalidade” ao espaço urbano. A economia local vai-se levantando lentamente, tendo como pano de fundo as fundamentais regras de segurança.
Um dos estabelecimentos que esta segunda-feira voltou a abrir portas foi o restaurante Palácio, no centro da Vila. Contactado pelo Jornal, o proprietário, Filipe Malheiro, contou que «apesar de já estarem a ser tomados os devidos cuidados» – pois já se encontravam a trabalhar em serviço de take-away – na reabertura ao público existe alguma «ansiedade em que tudo esteja no devido cumprimento».
«Já tínhamos adoptado os cuidados e medidas necessários. Obviamente que, com a reabertura do espaço, mesmo sendo a 50%, é necessária mais atenção, pois voltamos a ter maior circulação de pessoas. Os clientes estão atentos e confiam em quem tenha tudo dentro das normas».
Relativamente ao dia de hoje, o proprietário referiu ter tido cerca de «30%/40% daquilo que é um dia normal, com mais gente à procura da esplanada que o interior».
«VOLTAR A GANHAR A CONFIANÇA DOS CLIENTES»
Também André Gomes, proprietário do restaurante/pastelaria Chá Verde, afirmou que nesta segunda-feira registou «pouco movimento de pessoas».
«Já tínhamos aberto na semana anterior, somente com o serviço de pastelaria. Hoje reabrimos a restauração e não tivemos muita procura, mas era o que esperávamos».
Com a “casa” a funcionar a 50%, André Gomes acredita e espera que as coisas «voltarão à normalidade», nunca esquecendo que «é preciso voltar a ganhar a confiança dos clientes e mostrar-lhes que podem estar à vontade. Estamos e iremos continuar a cumprir com todas as medidas de segurança».
«REDIFINIÇÃO E FLEXIBILIZAÇÃO DOS HORÁRIOS DE ALMOÇO SERIA BENÉFICO PARA TODAS AS PARTES»
Filipe Malheiro deixou ainda uma sugestão, a qual considera ser «vantajosa» tanto para estabelecimentos de restauração como para os clientes.
«Penso que seria interessante, nesta fase, uma reestruturação ou flexibilização dos horários de almoço. Evitavam-se esperas por parte dos clientes e também alguma ansiedade, no nosso caso, que sempre temos em mente prestar o melhor serviço. A desinfecção dos espaços é fundamental e isso também exige tempo e atenção. Isto é uma luta de todos e penso que se o exemplo vier das grandes organizações, instituições e empresas, do público ao privado, as coisas poderiam ser mais vantajosas para ambas as partes», concluiu.