A Direcção do Centro Paroquial e Social de Moure não quis comentar, para já, a acusação do Ministério Pública de burla tributária, que foi conhecida esta sexta-feira.
«Tendo sido contactada a Direcção do Centro Paroquial de Moure para se pronunciar sobre o conteúdo da acusação deduzida pelo Ministério Público de Braga, à qual os meios de comunicação social tiveram acesso, por se tratar de matéria respeitante a processo judicial em curso, cujo apuramento é da exclusiva titularidade dos órgãos judiciais, e encontrando-se neste momento a ser encetadas as diligências processuais oportunas pelo departamento jurídico da instituição, a Direcção reserva-se no direito de aguardar pelos ulteriores trâmites do referido processo, e, em momento próprio, tomar posição», refere.
A Direcção da instituição, liderada pelo padre Sandro Vasconcelos, não pretende, para já, pronunciar-se sobre o caso.
Tal como “O Vilaverdense” já noticiou, o Ministério Público (MP) acusou de burla tributária cinco responsáveis do Centro Paroquial e Social de Moure, assim como a própria instituição, por alegadamente enviar à Segurança Social falsas listagens de utentes do lar de idosos.
A Procuradoria-Geral Distrital do Porto adiantou esta sexta-feira, no seu “site”, que em causa estão o presidente, o vice-presidente, o tesoureiro, o secretário e a directora técnica da instituição social (IPSS), tendo os actos ocorridos entre 2013 a 2017.
O MP considerou indiciado que, com esta conduta, «a IPSS obteve indevidamente da Segurança Social o valor total de €163.727,93», pelo que promoveu que os arguidos sejam «condenados a pagar solidariamente tal valor ao Estado, sem prejuízo do ressarcimento da Segurança Social por outra via».