O presidente da Concelhia de Braga do CDS-PP considera que conjuntura actual de pandemia covid-19 obriga ao reforço de identificação de “estratégias adaptadas e ágeis” de promoção e protecção dos direitos das crianças e jovens, promovendo “o olhar atento e o envolvimento da sociedade em geral”.
Em nota ao “PressMinho/OVilaverdense”, Altino Bessa afirma que, “reduzidos a um confinamento imposto pela fase pandémica que vivemos”, “é tempo de pensar as consequências deste”, nomeadamente o “agravamento das problemáticas sociais”.
Analisando as notícias que dão conta que durante a pandemia a sinalização de crianças em risco caiu 52%., Bessa explica que a redução “pode ser justificada pelo corte – imposto pelo confinamento – do ‘contacto directo’ entre entidades que comunicam estas situações (como polícias, escolas, associações, clubes e até particulares) e as crianças e jovens”.
O também vereador da Câmara Municipal de Braga lembra que “está sob alçada de todos os cidadãos a responsabilidade de minorar os efeitos que o isolamento social pode ter neste contexto”.
O líder dos centristas bracarenses aconselha um “olhar” que “deve ser prático, célere e eficaz”.
“Por vezes estas e outras situações são vetadas a um emaranhado de burocracia que pode levar a cenários mais trágicos. É altura de nos focarmos no que realmente importa: a segurança e bem-estar das nossas crianças e jovens”, diz.
“Com esta ‘chamada de atenção’ pretendemos mobilizar a sociedade civil, sensibilizando-a e informando-a do seu papel insubstituível na ajuda às crianças e jovens em risco”, vinca.
Importa, acrescenta Altino Bessa, que “cada um de nós cumpra o seu papel, estando atento, sinalizando as situações de suspeita de negligência, maus tratos e abusos às entidades competentes em matéria de infância e juventude. É este cuidado e atenção que pode, muitas vezes, fazer a diferença”
“Os centristas, na senda das orientações gerais para a protecção de crianças e jovens em circunstância excepcional, encetadas pela Coordenação Nacional da CPCJ [Comissão de Protecção de Crianças e Jovens] apela a que todos os que detectem situações suspeitas, procedam à sua denúncia”, frisa.
“Nos dias que correm estamos a um ‘clique’ de poder ser agentes responsáveis pelos que nos rodeiam. Agora que se tornou mais difícil sinalizar estes casos a partir da escola (por exemplo), a sociedade civil tem um papel assaz importante no combate a este flagelo”, refere.
“Não fiquemos indiferentes ao que nos rodeia”, reitera Altino Bessa.