Apenas um dos 16 arguidos que estão a ser julgados no Tribunal de Braga sob a acusação de tráfico de droga, supostamente praticada em Braga, Amares, Terras de Bouro, Vila Verde, Póvoa de Lanhoso, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Famalicão e Porto, assumiu a sua condição de culpado.
Na primeira sessão, realizada à porta fechada no pavilhão desportivo de Maximinos, para garantir a “distância social”, segundo vários juristas presentes, outros dois arguidos assumiram, ainda que parcialmente, que vendiam drogas.
Os restantes procuraram dar esclarecimentos ao colectivo de juízes, sem assumirem claramente que integravam o grupo de traficantes.
O julgamento prossegue no dia 17 com o início da audição das testemunhas, no caso os militares do NIC (Núcleo de Investigação Criminal) da GNR da Póvoa de Lanhoso, que investigaram o caso.
Conforme “O Vilaverdense”, tem noticiado, sete dos arguidos estavam em prisão preventiva, mas passaram para “domiciliária” com pulseira electrónica, por causa da pandemia.
A acusação diz que vendiam cannabis (resina), heroína, cocaína e MDMA, para consumo ou revenda.
A investigação foi feita pelo NIC da GNR da Póvoa de Lanhoso que procedeu a dezenas de escutas telefónicas e a vigilâncias, com captação de imagens.
A GNR apreendeu quatro carros, telemóveis, “tablets”, computadores, drogas, dinheiro, munições e artefactos ligados ao tráfico. O MP quer que sejam declarados como perdidos a favor do Estado.