O vereador do PS da Câmara Municipal de Vila Verde José Morais criticou, esta quinta-feira, a intenção do executivo em atribuir um subsídio extraordinário à Aliança Artesanal, instituição que é presidida pela vereadora Júlia Fernandes.
Em comunicado, Morais diz que a vereadora da Cultura tentou introduzir, na reunião de câmara desta quinta-feira, «à última hora, sem estar na ordem de trabalhos, uma proposta de atribuição de um subsídio extraordinário de 20 mil euros à Aliança Artesanal».
Em nota enviada, o socialista aponta: «E não é que a Aliança Artesanal é uma entidade particular presidida pela Vereadora, que faz a proposta deste subsídio?! E mais! No processo não existe nenhum pedido de subsídio da Aliança Artesanal, nem a respectiva fundamentação. Apenas constava uma informação elaborada pelo chefe de divisão que é tutelado directamente pela Vereadora».
Acrescentando, de seguida, que «para cúmulo, fui posteriormente à câmara e não me foi permitido, enquanto Vereador, consultar o processo. Este é um processo típico de benefício em causa própria, abuso de poder e sonegação de informação à oposição. Ainda bem que o senhor Presidente de Câmara decidiu retirar o assunto da discussão, até porque a senhora Vereadora se revelou totalmente impreparada e não conseguiu fundamentar a atribuição do subsídio».
José Morais nota ainda que «se a pandemia criou constrangimentos à Aliança Artesanal também os criou às outras instituições concelhias. As outras instituições desportivas, recreativas, culturais e sociais do Concelho merecem a mesma consideração que a Aliança Artesanal. Não posso aceitar um tratamento privilegiado à Aliança Artesanal só porque a senhora vereadora é presidente desta cooperativa. Não aceito que uns sejam tratados como filhos e outros como enteados».
“O Vilaverdense” tentou contactar a vereadora Júlia Fernandes, mas sem sucesso.
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