Os vereadores do PS de Vila Verde emitiram esta segunda-feira um esclarecimento público, ainda a propósito da proposta de atribuição de um subsídio extraordinário à Aliança Artesanal, dizendo que a vereadora Júlia Fernandes «encetou uma tentativa de vitimização em volta do processo, com o objectivo de esconder a verdade».
«Quem gere dinheiro público, como é o caso da vereadora, não pode confundir o dever de prestar contas e o escrutínio a que está sujeita com pseudo-ataques pessoais. A menos que haja algo a esconder. Neste caso concreto, os factos e os documentos falam por si. Só há uma verdade», referem os vereadores.
Num comunicado enviado às redacções, os vereadores socialistas «tornam público os documentos e os factos para que os vilaverdenses possam tirar as suas próprias conclusões».
«À “mulher de César” não basta parecer séria. Tem mesmo de o ser», frisam os vereadores José Morais, Luís Castro e Claúdia Pinto.
COMUNICADO NA ÍNTEGRA
«Relativamente à atribuição de um subsídio de 20.000 euros à Aliança Artesanal, a sra. Vereadora da Educação e Cultura encetou uma tentativa de vitimização em volta do processo, com o objetivo de esconder a VERDADE.
Quem gere dinheiro público, como é o caso da vereadora, não pode confundir o dever de prestar contas e o escrutínio a que está sujeita com pseudo-ataques pessoais. A menos que haja algo a esconder.
Neste caso concreto, os factos e os documentos falam por si. Só há uma verdade!
Assim, os vereadores do Partido Socialista na Câmara de Vila Verde tornam público os documentos e os factos para que os Vilaverdenses possam tirar as suas próprias conclusões.
Em consequência, esclarece-se que:
1) A ordem de trabalhos da reunião do executivo camarário do passado dia 18 de Junho contém 13 assuntos (Ver documento 1). Nenhum deles se refere ao subsídio de 20.000 euros à Aliança Artesanal. Este tema foi abordado no final da reunião de câmara, numa tentativa de o introduzir à discussão e votação, o que não aconteceu;
2) A proposta de subsídio de 20.000 euros para a Aliança Artesanal foi subscrita pelo chefe de divisão da Ação Social (dependente da vereadora da educação e cultura) e encaminhado para a reunião de câmara pela própria vereadora da educação e cultura, Dra. Júlia Fernandes (Ver documento 2);
3) A vereadora da educação e cultura é a Dra. Júlia Fernandes. A presidente da Aliança Artesanal é a Dra. Júlia Fernandes (Ver documento 3). Ou seja, a vereadora propõe a atribuição de 20.000 euros a uma cooperativa a que própria preside;
4) A vereadora da educação e cultura, Dra. Júlia Fernandes, impediu a consulta dos documentos, o que obrigou ao registo do incidente no livro de reclamações da autarquia (Ver documento 4). Até hoje continua sem disponibilizar acesso aos documentos;
5) A vereadora da educação e cultura, Dra. Júlia Fernandes afirmou que o subsídio de 20.000 euros seria utilizado para pagar um salário mínimo e outro meio-salário mínimo às duas únicas colaboradoras da Aliança Artesanal durante os 3 meses de paragem devido à pandemia;
6) A Aliança Artesanal está instalada num edifício municipal. Não paga renda nem outras despesas correntes e já recebe da câmara um subsídio mensal de 500 euros;
7) A vereadora da educação e cultura, Dra. Júlia Fernandes não apresenta à câmara os relatórios de contas da Aliança Artesanal. Não referiu quando foi o último ato eleitoral. Nem foi capaz, quando questionada, de comprovar de que forma pretendia utilizar os 20.000 euros naquela instituição;
8) Por tudo o que foi descrito, o sr. Presidente da Câmara, e bem, retirou o assunto da discussão.
Estes são os factos e os documentos, tornados agora públicos para que os Vilaverdenses os conheçam e analisem pois só existe uma verdade!
À “mulher de César” não basta parecer séria. Tem mesmo de o ser!».