A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que os primeiros resultados dos ensaios clínicos para tratamentos contra a covid-19, estejam disponíveis em cerca de duas semanas, de acordo com um anúncio feito pelo director geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O responsável referiu que se encontram a testar vários medicamentos, numa tentativa de perceber a sua eficácia e segurança para tratar o novo coronavírus, visto que até ao momento ainda não existem fármacos devidamente comprovados.
Por sua vez, Mike Ryan, director do programa de emergências da OMS, disse que seria imprudente prever quando é que uma vacina contra a doença viral poderia estar pronta para ser distribuída em massa.
A questão não se prende tanto com o tempo que o fármaco demora para mostrar a sua eficácia contra a doença, mas sim com a demora numa produção em massa, que possa atender a todas as necessidades a nível global, segundo o responsável.
Entretanto, o diário espanhol elEconomista avança que a farmacêutica espanhola PharmaMar anunciou que o Aplidin, um medicamento anti-viral desenvolvido em parceria com a sul coreana Boryung Pharmaceutical, apresentou resultados “muito mais eficazes” no tratamento da covd-19, do que o Remdesivir, que era até agora o mais promissor nesta matéria.
De acordo com informações obtidas no estudo do medicamento contra o novo coronavírus, o Aplidin “mostrou uma actividade antiviral entre 2.400 a 2.800 vezes superior que a do Remdesivir”, (aprovado no tratamento do coronavírus nos Estados Unidos, Coreia e Europa), e também “uma actividade antiviral 80 vezes superior que a do Remdesivir no modelo celular ‘Calu-3”, (célula pulmonar humana).
Com estes resultados, a farmacêutica espera assim reduzir a gravidade e evolução da doença em pacientes hospitalizados devido à Covid-19, para além de aliviar os sintomas.
A Boryung Pharmaceutica anunciou que já está a preparar ensaios clínicos na Coreia do Sul, pretendendo iniciá-los no terceiro trimestre de 2020